CTT caem 3,9% e pressionam Bolsa de Lisboa - TVI

CTT caem 3,9% e pressionam Bolsa de Lisboa

A queda de quase 4% das ações dos CTT levaram a Bolsa portuguesa a fechar negativa, tal como a maioria das praças europeias, apesar da forte subida do setor financeiro

O índice PSI-20 fechou a perder 0,19% para 5.298 pontos, no arranque da semana, seguindo de perto o dia em terreno negativo da maior parte das praças financeiras europeias.

Os títulos dos CTT perderam 3,93% para 8,31 euros. A sua negociação tem sido volátil desde o 'capital markets day' da última quinta-feira, em que reviram em baixa a trajetória de rentabilidade do Banco CTT. Mas a queda do título já vem de trás, tendo os CTT perdido 21% do seu valor desde o início do mês.

Outros destaques negativos para a EDP, que recuou 1,26%, para a telecom NOS, que desceu 0,71%, e para a produtora de pasta de papel Portucel, que caiu 0,68%.

Pela positiva, o Millennium BCP subiu 2,67% e o BPI disparou 5,47%. À falta de melhor explicação, analistas dizem que a notícia que o Novo Banco poderá avançar com o despedimento de 1.000 colaboradores, sinalizando um progresso na reestruturação do banco, que é crucial para limitar maiores custos para o restante sector. "Era grande o receio que a banca poderia ter de desembolsar valores avultados para o Fundo de Resolução capitalizar o Novo Banco. A progressiva dissipação dessa incerteza beneficia as ações da banca", disse Francisco Almeida, corretor da Orey iTrade, citado pela agência Reuters.

As ações da Jerónimo Martins fecharam estáveis, nos 12,995 euros. Segundo o HSBC, a retalhista deverá continuar o momento de crescimento, com as metas estratégicas para 2015-17 a parecerem mais atingíveis. Esta casa subiu o preço-alvo para 15 euros.

A Galp Energia avançou 0,9%, apesar do sector das 'oil&gas' da Europa ter caído 0,39%. A apreciação do dólar e a crescente aposta que a Reserva Federal dos EUA vai subir as taxas de juro diretoras em dezembro, está a colocar enorme pressão sobre as várias matérias-primas.

O ouro e o cobre tocaram mínimos de seis anos e o Reuters Core Commodity CRB índex, que reflete os preços de várias 'commodities', tocou o nível mais baixo desde Novembro de 2002. "O maior factor é o dólar", disse Hans van Cleef, economista sénior de energia no ABN Amro em Amesterdão. "Está a impactar em todas as principais matérias-primas". Como o preço de várias 'commodities' é fixado em dólares, a apreciação da moeda norte-americana torna a compra mais cara para quem detém outras moedas.

Os futuros do barril de petróleo Brent, em Londres, estiveram em forte queda durante a manhã, mas acabaram por inverter para ganhos de 2,2%. A inversão seguiu-se à Arábia Saudita ter dito que o reino está pronto a trabalhar com outros produtores e exportadores de crude para estabilizar os preços.
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