Energia e retalho dão força à Bolsa de Lisboa - TVI

Energia e retalho dão força à Bolsa de Lisboa

O índice PSI-20 ganhou 1,59%, suportado pelas subidas da Galp, EDP e Jerónimo Martins. BCP destoa, com queda de 3,3%, enquanto BPI valoriza 4,9%

O índice português de referência PSI-20 fechou a ganhar 1,59%, após três sessões de quedas sucessivas, apoiado nas valorizações das energéticas e retalhistas, em linha com uma Europa que beneficiou dos comentários cautelosos da Presidente da Reserva Federal dos EUA.

As ações da EDP subiram 3,02% e as da Galp ganharam 4,2% em linha com as subidas dos respetivos sectores europeus. O índice Stoxx para as 'utilities' ganhou 1,4% e para as petrolíferas subiu 2,86%.

No retalho, a Jerónimo Martins somou 2,05% e e a Sonae ganhou 3%, após ter anunciado que concluiu mais uma operação de 'sale and leaseback' de quatro ativos de retalho alimentar em Portugal no valor de 39,1 milhões de euros.

A Mota-Engil ganhou 3,83%, a Semapa somou 3,37% e os CTT subiram 2,24%.

Nota ainda para a valorização de 4,9% do banco BPI, a maior dos títulos que fazem parte do índice PSI-20. O BPI recuperar do tombo de ontem, enquanto o Millennium BCP fechou a cair 3,26%.

A queda de ontem da Bolsa portuguesa foi liderada pelo sector financeiro, com o BPI e Millennium BCP a recuaram cerca de 7%, num contexto de incerteza sobre se os dois maiores acionistas do BPI chegarão a acordo sobre o controlo do banco.

Na Europa, o cenário foi de ganhos, tendo o índice FTSEurofirst a valorizar 1,29%. A bolsa de Atenas liderou as subidas, ao ganhar 2,15%.

O sector do retalho foi o destaque da sessão, após a alemã Metro, dona da cadeia Media Markt, ter anunciado planos para dividir a empresa em duas, separando o negócio de retalho alimentar da divisão de eletrónica de consumo. A Metro disparou 11,5%.

O otimismo dos mercados hoje deve-se aos comentários da responsável do Federal Reserve, Janet Yellen, que disse que a inflação ainda não mostrou solidez face aos riscos globais que ameaçam a economia norte-americana, incluindo os preços baixos do crude e preocupações com a China. O tom de Yellen sugere que, este ano, a Reserva Federal subirá taxas de juro mais devagar e num espectro mais contido que antes estimado, o que levou à depreciação do dólar e à valorização das obrigações soberanas e dos preços das matérias primas.

No mercado secundário de dívida, a taxa de juro das Obrigações do Tesouro a 10 anos sobe dois pontos base para 2,8%, contrariando o movimento de descidas das pares espanhola e italiana.

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