Galp valoriza 5,2% e empurra bolsa para terreno positivo - TVI

Galp valoriza 5,2% e empurra bolsa para terreno positivo

O índice PSI-20 fechou a ganhar 0,11%, suportado nos ganhos das energéticas, nomeadamente no disparo de 5,2% da petrolífera Galp, e contrariando as quedas das praças europeias. O Banif afundou 18,75%

Os títulos da Galp ganharam 5,2%, após terem chegado a disparar 6,5%, beneficiando de um aumento do preço-alvo e das valorizações do setor, que registou ganhos acentuados depois de se ter sabido da queda inesperada nos 'stocks' de crude nos EUA e os preços do petróleo terem também recuperado.

O Bank of America/Merril Lynch reviu em alta a recomendação da petrolífera portuguesa para 'Buy' (recomendação anterior era 'Neutral') e aumentou o preço-alvo para 13 euros por ação, face aos 11 euros que tinha anteriormente.
Quanto aos futuros do barril de Brent para entrega em Janeiro de 2016 sobem 0,25% para 40,36 dólares, em Londres, depois de ontem terem quebrado em baixa a fasquia dos 40 dólares pela primeira vez em sete anos. A recente descida do petróleo prende-se com a decisão da organização dos países exportadores de petróleo (OPEP) de deixar cair uma referência a qualquer teto de produção após a reunião de sexta-feira passada.

Suporte adicional para o mercado nacional na EDP (subiu 1,69%), REN (ganhou 1,56%) e BPI, que valorizou 2,95%.
Do lado das quedas, destaque para as desvalorizações de 2,07% e de 1,91% dos pesos-pesados Jerónimo Martins e Millennium BCP, respetivamente.

BANIF EM DESTAQUE

Foram as acções do Banif que protagonizaram o tombo mais acentuado. Uma queda de 18,75% para um mínimo histórico, penalizadas pela incerteza sobre o processo de reestruturação e a capacidade de devolver os fundos estatais a que recorreu, aliada ao efeito 'penny stock'. "O Banif continua a ser fonte de elevadas preocupações. A dificuldade em achar um verdadeiro interessado na instituição está a fazer arrastar um processo, que quanto mais tempo demora mais penalizante é para o banco", disse Pedro Santos, gestor da XTB, citado pela agência Reuters.

A Mota-Engil caiu 2,11%, no último dia de negociação da sua participada Mota-Engil África, que será amanhã excluída da Euronext Amesterdão. Esta subsidiária fechou a perder 0,18% e incorpora uma queda de quase 50% desde que se tornou cotada em Bolsa.

EUROPA VOLÁTIL

As principais bolsas europeias fecharam negativas, com quedas de 3,8% em Atenas e o FT Eurofirst 300, que segue as 300 maiores cotadas europeias, recuou 0,35%, com a recuperação dos sectores ligados à energia e minérios a não conseguirem compensar a queda da banca. "Foi uma sessão de grande volatilidade para as bolsas europeias, numa semana sem grandes eventos e em que os investidores se preparam para a reunião do Fed na próxima semana", realçou Albino Oliveira, analista da Patris.

Esta manhã a Alemanha anunciou que as suas importações caíram 3,4% em Outubro e as exportações recuaram 1,2%, mostrando vulnerabilidade da maior economia da zona euro ao abrandamento dos mercados emergentes e da China.

No mercado secundário de dívida, os juros de referência da dívida soberana de Portugal, na maturidade a 10 anos, sobem um ponto base para 2,46%, acompanhando as subidas ligeiras das congéneres italiana e espanhola.
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