BCP perde 9% e arrasta Lisboa apesar do disparo de 14% da Pharol - TVI

BCP perde 9% e arrasta Lisboa apesar do disparo de 14% da Pharol

Millennium BCP

Haitong Bank veio dizer que banco poderá precisar de um reforço de capital até 3,9 mil milhões de euros

O Millennium BCP empurrou esta quarta-feira a Bolsa de Lisboa para um fecho negativo, em sintonia com uma Europa alvo de tomada de mais valias. As ações do banco liderado por Nuno Amado afundaram 8,8% para 0,0197 euros. A contrastar, esteve o disparo de 14% da Pharol.

Um recuo que acontece depois de o Haitong ter cortado em 80% o preço-alvo que atribui ao banco, alertando que esta que é a maior instituição financeira privada em Portugal poderá precisar de entre 2.200 e 3.900 milhões de euros em capital perante os requisitos mais apertados do BCE. 

Com isto, o índice de referência nacional PSI20 perdeu 0,7%, com 12 dos 18 títulos em queda.

A provocar pressão adicional esteve a NOS, que caiu 2,02%, para 5,518€ os CTT,que desceram 0,4% e a Jerónimo Martins, que perdeu 0,35%. Mas também a Mota-Engil fechou a recuar, cerca de 0,3%, apesar de ter vencido a adjudicação de quatro contratos em África e um contrato na América Latina num valor global de 380 milhões.

A contrastar, estiveram as ações da Pharol, que dispararam 14,19% para 0,169 euros, beneficiando, segundo a Reuters, do anúncio que a Marathon Asset Management comprou 9,2% de acções preferenciais na telecom brasileira Oi, que é o seu principal ativo.

Nota positiva também para a família EDP, com a Energias de Portugal a ganhar 0,59% e a EDP Renováveis a somar 0,07%.

O BPI subiu 0,18% para 1,119 euros. O Haitong manteve a recomendação do BPI em 'Neutral', mas reviu em baixa o valor justo do título para 1,11 euros por acção, em linha com a contrapartida oferecida pelo Caixabank no na OPA lançada em Abril, sendo que não exclui a possibilidade de uma revisão em alta do preço.

De recordar que esta quinta-feira, pela manhã, Portugal colocou 1.155 milhões de euros de Obrigações do Tesouro a seis e 10 anos num leilão, em linha com previsto, com os juros a cair face ao leilão interior, imune às ameaças de Bruxelas de impor sanções ao país por quebrar as regras dos défices excessivos. 

Pela Europa, as bolsas de Londres, Madrid, Frankfurt e Milão fecharam no vermelho, ao passo que Paris, Atenas e Dublin encerraram positivas.

 

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