Afinal há espaço para empregar jovens talentos em Portugal - TVI

Afinal há espaço para empregar jovens talentos em Portugal

Engenharias continua a ser uma saída fácil em termos de emprego, mas trabalhar numa empresa de raiz familiar requer depois outro tipo de competências pessoais

Em Portugal, apesar da burocracia ser uma grande limitação ao crescimento, a contratação de talento é muito mais fácil do que no resto da Europa. As conclusões são de um inquérito apresentado pela PwC, que deixa a porta aberta e dá mais esperança a quem procura uma oportunidade de emprego entre os mais qualificados.

O maior inquérito realizado na Europa sobre empresas de raiz familiar, o “European Private Business Survey”, resultou de 2.447 entrevistas a responsáveis de empresas de raiz familiar, de 31 países europeus, incluindo todos os 28 membro da União Europeia. Em Portugal foram efetuadas 59 entrevistas.

De acordo com Miguel Marques, sócio da PwC Portugal, que participou na organização europeia que elaborou o estudo e esteve no espaço da Economia 24 do "Diário da Manhã" da TVI:  “Em média, na Europa a burocracia e a dificuldade na contratação de talento são duas das maiores barreiras que impedem a aceleração do crescimento das empresas de raiz familiar, que são a coluna vertebral da economia nacional e europeia. No entanto, em Portugal, apesar da burocracia ser uma grande limitação ao crescimento, a contratação de talento é muito mais fácil do que no resto da Europa. 66% das empresas portuguesas inquiridas referem ser fácil encontrarem recursos com talento para trabalhar, na Europa a percentagem das empresas que referiu ser fácil encontrarem talento disponível foi de 39%."

E para contratar é preciso ter um bom projeto: 75% das empresas inquiridas em Portugal, responderam que consideram que o estado atual do negócio onde se inserem é bom, sendo uma percentagem superior à média europeia que é de 64%.

"Aparentemente as empresas estão otimistas quanto à robustez da indústria. No entanto, quando se questionou se estimavam crescimento no negócio onde se inserem, a percentagem atinge os 59%, que é uma percentagem menor do que a média europeia que é de 69%", diz o sócio da PwC.

Miguel Marques entendem que as maiores oportunidades ainda estão nas áreas da engenharia, embora possa não ser tão apelativo um salário em Portugal como no estrangeiro, mas aqui haja ainda uma bolsa maior de talento contratável que o resto da Europa já esgotou.

Quando se perguntou sobre o clima económico, em Portugal 46% dos inquiridos considerou ter melhorado, 51% considerou não ter piorado nem ter melhorado e 3% considerou ter piorado. Nesta matéria existe uma grande proximidade à média europeia que foi de: 47% considerou que o clima económico na Europa melhorou, 41% não piorou nem melhorou, 12% piorou.

Mas para crescer também é preciso investir. 47% das empresas portuguesas inquiridas planeiam aumentar o investimento, quando a média europeia é de 41%.

Já no que toca a contratar - investir em capital humano - 39% das empresas portuguesas inquiridas planeiam contratar pessoas, a média europeia é de 48%. Apenas 3% das empresas portuguesas inquiridas indicou ter necessidade de reduzir postos de trabalho

"Financiamento externo continua a ser muito importante responderam 85% das empresas inquiridas em Portugal, a média europeia foi de 70%”, acrescentou Miguel Marques.

 

 

 

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