O primeiro-ministro acusou esta segunda-feira a Standard & Poor`s (S&P) de fazer política, considerando que «a posição tomada pela agência foi em relação a toda a Europa». Também a Comissão Europeia insiste que a S&P não teve razão em cortar os ratings de vários países europeus. Já o primeiro-ministro italiano, Mario Monti, culpa os líderes europeus pelo que aconteceu.
Em reacção ao corte de rating de nove países da Zona Euro - Portugal incluído, que ficou na categoria «lixo» - pela S&P na passada sexta-feira, Passos Coelho considera que foi uma crítica daquela agência de notação financeira à atitude da Europa perante a crise.
Mas adeverte: «Parece-me perigoso que as agências, e em particular esta, se aproveitem da actual situação para fazer política, que foi o que a Standard & Poor`s fez. Todas as suas justificações para os corte de rating foram políticas», disse Passos Coelho aos jornalistas, à entrada de um almoço com embaixadores árabes, organizado pela Câmara do Comércio e Indústria Árabe Portuguesa, em Lisboa.
Sobre o corte da notação de Portugal, o primeiro-ministro desvaloriza. «Os cinco requisitos que a agência definiu no princípio de 2011 para Portugal foram todos cumpridos. Os requisitos exigidos, inclusivamente, melhoraram», sublinhou.
Por isso, Passos Coelho defende que a decisão da S&P foi uma decisão tomada para o conjunto da Zona Euro. «Foi um corte de rating para a Europa».
Entretanto, a Moody`s decidiu manter, por agora, o rating de França na nota máxima. Também a Coface deixou a avaliação portuguesa na mesma, baixando, no entanto, as notas de Espanha e Itália.
Passos: «Portugal cumpriu os requisitos da S&P»
- Ana Rita Leça
- 16 jan 2012, 14:13
Para o primeiro-ministro, o rating nacional foi vítima de um corte «ao nível europeu» da notação atribuída pela Standard & Poor`s
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