Trabalhadores da Petrogal fazem "manif" e ponderam greve - TVI

Trabalhadores da Petrogal fazem "manif" e ponderam greve

  • 5 abr 2017, 20:22
Refinaria de Sines

Manifestação ocorrerá no próximo dia 24 de abril. Funcionários das refinarias de Sines e Matosinhos reivindicam o pagamento do prémio de produtividade a trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e não sindicalizados

Os trabalhadores das refinarias da Petrogal, em Sines e em Matosinhos, vão manifestar-se em Lisboa no próximo dia 24 de abril. Estão, inclusive, a ponderar uma greve “ainda em abril ou no mês de maio”.

Após o plenário, com “mais de 100” trabalhadores da refinaria de Matosinhos, o dirigente do Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP), Rui Pedro Ferreira, anunciou que a “ação da manifestação está definida e a ação da greve também, mas ainda sem calendário, porque vai passar por um processo de afinação” nas organizações representativas dos trabalhadores.

O sindicalista informou à agência Lusa que o plenário de Sines já tinha aprovado terça-feira a data para a manifestação, assim como “deu liberdade aos sindicatos para encontrarem a melhor solução para uma greve de período superior ao do ano passado, que foi de 32 horas”.

Esta tarde, em Matosinhos, foi ratificado o dia 24 de abril para a deslocação dos trabalhadores a Lisboa e o avanço do processo para uma paralisação “ou ainda em abril ou no mês de maio”.

Na sexta-feira decorrerá um plenário em Lisboa, a partir das 10:00.

Na origem dos protestos está nomeadamente o pagamento do prémio de produtividade a trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e não sindicalizados, que subscreveram o novo Acordo de Empresa (AE).

"O prémio de produtividade devia ter sido pago no final do mês de março, mas só receberam esse prémio os trabalhadores filiados em sindicatos da UGT e os cerca de 230/250 trabalhadores não sindicalizados", disse terça-feira o sindicalista Hélder Guerreiro, do SITESUL - Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente do Sul.

Hélder Guerreiro acrescentou que os sindicatos afetos à CGTP/IN nunca poderiam subscrever um acordo que, nos termos em que é proposto, significaria "carta-branca" à administração da Petrogal para decidir questões salariais e eventuais reduções de direitos adquiridos e que estavam consagrados no anterior acordo. "É uma situação que já se arrasta há três anos".

A agência Lusa contactou fonte oficial da Petrogal que recusou prestar declarações, alegando não comentar questões internas da empresa.

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