Montepio quer vender créditos vencidos e imóveis - TVI

Montepio quer vender créditos vencidos e imóveis

Montepio (Foto: Nuno Miguel Silva)

Banco tem um plano de redução de dívida e reforço de capitais no valor de 1.365 milhões de euros

A Caixa Económica Montepio Geral tem um plano de redução de dívida e reforço de capitais que passa pela venda de créditos vencidos e imóveis no valor de 1.365 milhões de euros.

De acordo com a Lusa, esta informação consta do prospeto que o banco Montepio divulgou a 22 de janeiro, na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), em que informa da admissão à negociação em mercado regulamentado de 200 milhões de euros em unidades de participação, no valor nominal de um euro cada, representativas de 50% do Fundo de Participação da Caixa Económica Montepio Geral.

Neste documento, a entidade liderada por Félix Morgado refere que a Caixa Económica está a levar a cabo um “plano de redução gradual da dívida”, que quer concluir até final deste ano e que passa pela venda de ativos não estratégicos com o objetivo de melhorar os rácios de capital.

“Abrange a venda de carteiras de créditos vencidos ('non-performing loans') e a venda de bens imóveis (ativos não correntes detidos para venda) num montante total de capital em dívida de cerca de 1.365 milhões de euros”, refere o documento, acrescentando, no entanto, que esta alienação será executada dependendo das “condições de mercado atuais e futuras”.

A Caixa Económica Montepio Geral teve prejuízos de 28,9 milhões de euros no primeiro semestre deste ano, o que compara com os lucros de 6,2 milhões do mesmo período do ano passado.

“Esta evolução reflete dois efeitos: o aumento de 157,6 milhões de euros dos resultados recorrentes e a redução em 192,7 milhões de euros nos resultados de operações financeiras, que atingiram 114,9 milhões de euros, devido ao menor contributo dos resultados da alienação de títulos de dívida pública portuguesa”, diz a entidade.

O prospeto referente à negociação em mercado regulamentado das unidades de participação do Montepio, alerta para os riscos que correm os titulares dessas unidades - caso da evolução da atividade do banco, da situação económica de Portugal e mesmo da existência de uma crise internacional - informando-os que "podem perder parte ou a totalidade do montante investido".
Continue a ler esta notícia