FMI quer que bancos limpem balanços para voltar a dar crédito - TVI

FMI quer que bancos limpem balanços para voltar a dar crédito

Lagarde

Instituição divulgou o Relatório de Estabilidade Financeira Global

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O Fundo Monetário Internacional (FMI) considera que os bancos da zona euro estão pressionados pelo peso do crédito malparado, pelo que têm de limpar os seus balanços para voltarem a dar crédito à economia.

Segundo o Relatório de Estabilidade Financeira Global do FMI, hoje divulgado, na zona euro, o sistema financeiro continua fragmentado, com as condições de crédito diferenciadas entre os países do centro e da periferia, sem haver nestes últimos crédito suficiente para suportar a retoma económica.

Para que se consiga fazer a transição da fragmentação para a integração financeira, o FMI diz que os bancos têm de fortalecer os seus balanços, melhorando a qualidade dos ativos, isto apesar dos esforços já feitos para aumentar os rácios de capital e reforçar a resiliência.

O problema é que os elevados níveis de malparado pesam nos bancos da zona euro (tendo o ¿stock¿ de malparado duplicado desde 2009 para mais de 800 mil milhões de euros, segundo a instituição sediada em Washington), limitando a capacidade de conceder crédito, sobretudo às empresas mais pequenas.

O Fundo considera que a avaliação de ativos que o BCE está a fazer vai ajudar os bancos a limparem os balanços e apresenta outras propostas no mesmo sentido, como incentivos para que os bancos mantenham níveis de provisões prudentes, o uso do excesso de capital para limpar balanço, fazendo face às perdas, o reforço da transparência do setor, com maior cedência de informação e harmonização das normas, ou a promoção de um mercado secundário de crédito malparado.

Quanto a outros mercados, nos Estados Unidos, o FMI diz que o desafio é a normalização da política monetária, perante o processo que a Reserva Federal (FED) está a levar a cabo de redução do programa de compra que ativos, com a entidade liderada por Christine Lagarde a alertar para a necessidade de uma «saída suave» dessa política monetária não convencional noutros mercados, como os emergentes.
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