O presidente do Eurogrupo advertiu esta terça-feira que o programa de ajuda à Grécia não pode avançar sem o Fundo Monetário Internacional (FMI) e espera hoje um acordo total sobre a primeira avaliação do terceiro resgate.
“O objetivo da reunião de hoje é de chegar a um acordo com o FMI”, afirmou Dijsselbloem à entrada para a reunião do Eurogrupo, que junta os ministros das Finanças da zona euro.
“Continuar sem o FMI não é uma opção. Espero um acordo total entre as instituições e que possamos seguir em frente no programa”
A situação financeira da Grécia tem conhecido vários dias "D". Houve reuniões de carácter extraordinário do Eurogrupo, meses e meses de negociações - na verdade, quase um ano - e muitos impasses pelo meio. No último encontro europeu ao mais alto nível, ficou a esperança de que haja então esta terça-feira acordo para desembolsar a nova tranche de que Atenas precisa, depois de no domingo ter aprovado mais medidas de austeridade.
O projeto aprovado prevê um mecanismo de correção automática em caso de derrapagem orçamental e medidas suplementares para acelerar as privatizações e aumentar os impostos indiretos.
O Eurogrupo admite discutir um alívio da dívida grega, falando sempre em "debates sobre a sustentabilidade" da mesma, mas agora de uma perspetiva de "abordagem sequencial relativamente a possíveis medidas adicionais", segundo o comunicado sobre os tópicos do encontro de hoje.