FMI quer fim da indexação dos salários à inflação - TVI

FMI quer fim da indexação dos salários à inflação

Poul Thomsen, FMI

Mais cortes, despedimentos mais baratos e moderação salarial são algumas das medidas defendidas pelo Fundo

Relacionados
O Fundo Monetário Internacional (FMI) defende a remoção de mecanismos de indexação nos salários, como uma das medidas para tornar o mercado laboral mais flexível e a economia mais competitiva. A medida foi noticiada esta terça-feira pelo «Diário Económico» e consta nas Previsões de Primavera.

Já o INE divulgou hoje que a inflação subiu 4% em Março, face o mesmo mês do ano passado. Este é o valor mais alto desde 2003.

Colocando Portugal no mesmo saco da Espanha, Grécia e Irlanda, o FMI propõe medidas semelhantes a todos, medidas essas que já estão a ser aplicadas nos últimos dois países nos respectivos planos de resgate.

Mais «cortes nos custos laborais», uma «negociação salarial descentralizada», a «remoção de mecanismos de indexação», a «redução dos custos de despedimento e moderação salarial», aliados a um «aumento dos impostos a médio prazo ou mais contenção da despesa pública». Medidas consideradas importantes para impulsionar a competitividade destes países.

Ao mesmo tempo, o FMI defende a existência de um «consenso nacional para que o fardo do ajustamento seja partilhado por todos, através da moderação salarial, o que pode ajudar a prevenir um período prolongado de desemprego elevado», lê-se no relatório.

No mesmo documento, o FMI alerta para a necessidade de mais medidas de austeridade para cortar o défice para 3% até 2013 e para atingir uma dívida pública de 60% do PIB até 2030.

Esta terça-feira iniciou-se, pelas 14h45, no Ministério das Finanças as primeiras reuniões para debater o plano de ajuda a Portugal. Técnicos do FMI, BCE e Comissão Europeia já estão sentados à mesma mesa, em Lisboa.
Continue a ler esta notícia

Relacionados