A Galp Energia lucrou menos 13% no primeiro trimestre deste ano. O resultado líquido foi de 99 milhões de euros, menos 15 milhões em comparação com os 114 milhões alcançados nos primeiros três meses de 2016. Menos ainda relativamente aos 121 milhões de euros do último trimestre de 2016.
Qual a explicação para este emagrecimento nos lucros? A Galp diz, no comunicado que enviou ao regulador de mercado, a CMVM, que o resultado foi "impactado por uma variação no mark-to-market de derivados de cobertura e pelo aumento em impostos".
O aumento nos impostos deveu-se aos maiores resultados no negócio de E&P, a uma reversão em impostos diferidos e a uma provisão de imposto a pagar em Angola".
Acresce que a Contribuição Extraordinária sobre o Sector Energético (CESE), em Portugal, teve implicações para os resultados em cerca de 25 milhões de euros.
Já o EBITDA (resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações) foi de 419 milhões de euros, mais 126 milhões do que no período homólogo.
Quanto à dívida líquida , a empresa assegura que se manteve "estável" até março, "apesar do investimento de 203 milhões de euros em fundo de maneio durante o período, que se deveu ao aumento temporário dos inventários".
A 31 de março, a dívida líquida situava-se em 1,3 mil milhões de euros, "considerando o empréstimo à Sinopec como caixa e equivalentes".
As vendas totais de gás natural foram de 2.006 milhões de metros cúbicos, correspondendo a um aumento de 8% em relação ao período homólogo, “explicado essencialmente pelo incremento dos consumos para geração elétrica e dos consumos próprios da empresa”.
As ações da Galp deslizaram 0,45% para 14,205 euros, no arranque de sessão, em reação a estes resultados.