Novo Banco passa de prejuízos a lucros de 137,7 milhões de euros - TVI

Novo Banco passa de prejuízos a lucros de 137,7 milhões de euros

  • Agência Lusa
  • CE - Notícia atualizada às 19:28
  • 2 ago 2021, 17:23

Esta é a primeira vez que o Novo Banco apresenta resultados semestrais positivos

O Novo Banco teve lucros de 137,7 milhões de euros no primeiro semestre, que compara com os prejuízos de 555,3 milhões de euros do mesmo período de 2020, divulgou esta segunda-feira o banco.

Esta é a primeira vez que o Novo Banco apresenta resultados semestrais positivos (já tinha apresentado lucros no primeiro trimestre), o que segundo a apresentação de resultados "demonstra a capacidade do negócio em gerar capital".

O Novo Banco nasceu em 3 de agosto de 2014 (completa esta terça-feira sete anos) na resolução do Banco Espírito Santo (BES).

Em 2017, o Estado português acordou a venda de 75% do banco ao fundo de investimento norte-americano Lone Star. Então, foi criado um mecanismo de capitalização contingente pelo qual o Fundo de Resolução se comprometeu a, até 2026, cobrir perdas com ativos 'tóxicos' com que o Novo Banco ficou do BES até 3.890 milhões de euros.

O Novo Banco já consumiu até ao momento 3.293 milhões de euros de dinheiro público ao abrigo deste mecanismo de capitalização, estando ainda 112 milhões de euros pendentes de uma averiguação complementar pelo Fundo de Resolução.

Menos 112 trabalhadores e 10 agências encerradas

O Novo Banco reduziu 112 trabalhadores e fechou 10 agências no primeiro semestre. Em junho, o grupo tinha 4.448 funcionários em Portugal, menos 112 do que em dezembro do ano passado. Já os balcões eram 348, ou seja, menos 10 do que no final de 2020.

Grandes bancos portugueses preveem cortar milhares de postos de trabalho este ano, sendo BCP e Santander Totta os que têm processos mais ‘agressivos’ e admitem mesmo recorrer a despedimentos coletivos.

O caso do Novo Banco (que entre final de 2014 e 2020 reduziu 2.200 funcionários) tem um programa de propostas de reformas antecipadas e rescisões por mútuo acordo (que garantem acesso a subsídio de desemprego), segundo fontes dos trabalhadores.

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