Prejuízo da Martifer melhora para 9,9 milhões - TVI

Prejuízo da Martifer melhora para 9,9 milhões

Estaleiros: Martifer não garante empregos

Face ao resultado líquido negativo de 38,3 milhões de euros registados em igual período de 2014

Os prejuízos do grupo Martifer atingiram 9,9 milhões de euros no primeiro semestre, uma melhoria face ao resultado líquido negativo de 38,3 milhões de euros registados em igual período de 2014, anunciou hoje a empresa.

Em comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Martifer adianta que o resultado líquido apresentou "uma melhoria" face ao período homólogo, "sendo este fortemente penalizado pelos resultados financeiros".

Os proveitos operacionais subiram 18% no período em análise para 134,4 milhões de euros, "sendo 94% respeitantes ao segmento da construção metálica e 5% no segmento 'renewables' [renováveis]", refere.

O resultado antes de impostos, juros, depreciações e amortizações (EBITDA) aumentaram 13% no semestre, face ao período homólogo de 2014, para 8,8 milhões de euros.

O resultado operacional (EBIT) ascendeu a 1,4 milhões de euros, o que compara com 8,5 milhões de euros negativos um ano antes.

"De notar que a performance operacional foi penalizada pelo desempenho negativo do segmento construção metálica no Brasil a que não é alheio o conturbado momento do setor da construção, e dos principais clientes do grupo naquele país", refere a Martifer, em comunicado.


Os resultados financeiros foram negativos em 10,7 milhões de euros, contra 12 milhões de euros negativos um ano antes.

"O investimento total em ativos fixos no primeiro semestre de 2015 foi de 3,2 milhões de euros, sendo resultante do investimento no segmento de construção metálica (2,5 milhões de euros), com destaque para o reforço da capacidade operacional na West Sea [Estaleiro Naval em Viana do Castelo] e no segmento renewables [renováveis] (0,7 milhões de euros), referente essencialmente a projetos em desenvolvimento no Brasil e na Polónia", adianta.


O grupo Martifer mantém a estratégia de internacionalização, refere no comunicado.

No final de junho, Portugal representava 32% dos proveitos operacionais, seguido da União Europeia (com peso de 30%) e do Brasil (18%).

Angola conta com um peso de 13% no total dos proveitos operacionais e a Arábia Saudita com 7%.

Em termos de perspetivas, o grupo mantém-se focado nos objetivos traçados para este ano, que passam pela adoção de um novo modelo organizacional, a descida do endividamento através do desinvestimento em negócios não 'core' [central] e alienação de ativos não 'core', o reforço da presença internacional e focalização na área do negócio que deu origem à empresa - construção metálica.

 
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