Trabalhadores do Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente em greve no fim-de-semana - TVI

Trabalhadores do Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente em greve no fim-de-semana

  • ALM com Lusa
  • 21 dez 2017, 20:08

Paralisação começa sexta-feira com pessoal de armazém. Querem negociação do Contrato Coletivo do setor para que se concretizem aumentos salariais. Associação do setor garante normal funcionamento de todos os estabelecimentos

Os trabalhadores dos armazéns dos super e hipermercados iniciam na sexta-feira uma greve a que se juntará o pessoal das lojas no sábado e no domingo, mas as empresas preveem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

A greve, convocada pelos sindicatos da CGTP, tem como objetivo pressionar a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) a evoluir na negociação do Contrato Coletivo do setor para que se concretizem aumentos salariais, alterações de carreira e regulamentação dos horários de trabalho.

A APED emitiu uma nota de imprensa em que garante "o normal funcionamento de todos os estabelecimentos", apesar da paralisação de três dias.

Na sexta-feira o protesto abrange só o pessoal dos armazéns e centros de logística.

Os trabalhadores do Lidl em greve vão concentrar-se às 6:30 no entreposto de Braga e às 11:00 junto à sede da empresa no Linhó, Sintra, onde estará também o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

Os trabalhadores da logística da Sonae vão concentrar-se às 8:00 junto ao seu local de trabalho, na Maia, Porto, enquanto os do Minipreço protestam às 9:00 junto ao armazém de Torres Novas.

A greve continua no fim-de-semana, vésperas de Natal, também com os trabalhadores das lojas Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente.

Isabel Camarinha, presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores do Comércio, disse à agência Lusa que a paralisação deverá ter "uma forte adesão, tendo em conta o descontetamento dos trabalhadores pelo arrastamento da negociação do Contrato Coletivo".

"Mas isso não quer dizer que as lojas encerrem porque a maioria consegue manter-se aberta com muito poucos trabalhadores", disse a sindicalista.

A APED garante que "estão asseguradas todas as condições para que os consumidores portugueses possam aceder a todos os serviços habitualmente prestados nesta época festiva pelos hipermercados, supermercados e lojas de retalho não alimentar/especializado dos associados da APED".

No comunicado, a APED reiterou o seu respeito pelo direito à greve dos trabalhadores do setor da distribuição, mas lamentou que esta ocorra em pleno processo de negociação dos termos e condições do Contrato Coletivo de Trabalho.

As empresas associadas da APED empregam 111 mil trabalhadores.

A última reunião negocial entre a APED e os sindicatos ocorreu no passado dia 4.

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