Estado russo vai contribuir para reforço do capital de 30 bancos - TVI

Estado russo vai contribuir para reforço do capital de 30 bancos

Mercado acionista (Reuters)

Plano prevê o recurso a um bilião de rublos (13,3 mil milhões de euros) e deverá permitir às entidades financeiras continuar a financiar a atividade económica num momento em que o país se prepara para uma profunda recessão

O plano de recapitalização anunciado no fim de dezembro pelo Estado russo para apoiar o setor bancário, fragilizado pela crise do rublo, deve beneficiar cerca de 30 bancos, anunciou esta terça-feira o ministro das Finanças, Anton Siluanov.

O plano prevê o recurso a um bilião de rublos (13,3 mil milhões de euros) e deve permitir às entidades financeiras continuar a financiar a atividade económica num momento em que o país se prepara para uma profunda recessão.

Os beneficiários devem ser conhecidos nos próximos dias.

«Perto de 30 bancos serão recapitalizados», indicou o ministro, citado pelas agências russas, nota a Lusa.

Após uma forte desvalorização do rublo, inédita nos últimos 15 anos de poder de Vladimir Putin, as autoridades russas começaram a anunciar medidas para assegurar a estabilidade financeira e evitar o colapso do setor.

Os bancos russos, já afetados no acesso aos mercados pelas sanções relacionadas com a crise ucraniana, viram aumentar os pagamentos por dívidas contraídas em moeda estrangeira e registaram também uma forte retirada de capitais no auge da crise, em meados de dezembro.

Inicialmente, as autoridades tinham dado a entender que o plano poderia envolver mais de uma centena de bancos, mas o Governo viria depois a impor condições mais rigorosas para a atribuição de fundos públicos.

«Quero insistir que estes fundos não devem servir para salvar bancos com problemas», mas para «desenvolver o crédito» e «ajudar a economia», referiu recentemente o primeiro-ministro, Dmitri Medvedev.

Sem esperar pelo plano global, o Estado já recapitalizou no final de dezembro o VTB e o Gazprombank, dois dos maiores bancos russos, visados pelas sanções ocidentais.
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