OE2021: mexidas no IRS dão mais 2 euros por mês aos portugueses com salário médio - TVI

OE2021: mexidas no IRS dão mais 2 euros por mês aos portugueses com salário médio

Dinheiro

Taxas de retenção na fonte devem baixar 2% no próximo ano, de acordo com a proposta apresentada pelo Governo na Assembleia da República

Um trabalhador português que ganhe o salário médio vai levar para casa mais dois euros por mês, na sequência das mexidas no IRS previstas no Orçamento do Estado para 2021. Os cálculos são feitos pela consultora Ernst & Young (EY), que enviou à TVI as simulações realizadas.  

Assim, um trabalhador solteiro sem filhos, com um rendimento bruto de 925 euros, não deverá levar para casa um aumento de mais de dois euros. Se este ano reteve na fonte 107 euros, para o ano que vem, de acordo com a proposta de Orçamento do Estado, passa a reter 105.

De acordo com o que tem sido avançado, as Finanças vão cortar em média 2% nas taxas de retenção para os trabalhadores por conta de outrem. A EY sublinha que "até ao momento ainda não é conhecida em que medida a redução irá ocorrer, nomeadamente, se a mesma irá ser introduzida com alguma progressividade e se a redução corresponderá efetivamente a 2% ou assumirá um montante distinto" e ressalva que o impacto no rendimento mensal líquido de cada português pode ser diferente.

 

Ainda assim, assumindo que o valor médio de alteração nas taxas de retenção na fonte é de 2%, a consultora traçou vários cenários. No caso de um casal com dois titulares e sem filhos, com um rendimento mensal igualmente de 925 euros, a mexida é exatamente a mesma. Entram em casa mais dois euros por mês.

Já no caso desse casal ter dois filhos, o acréscimo no rendimento é ainda menor e traduz-se em apenas um euro. Dos 74 euros de retenção na fonte este ano, passa-se para 73 euros em 2021.

À medida que o escalão de rendimento vai subindo, também o ganho mensal aumenta com esta medida. Um trabalhador que ganhe 2000 euros brutos, solteiro e sem filhos, passa de 450 euros de retenção na fonte para 441, levando para casa mais nove euros. Se for casado, um titular único e tiver um filho, o rendimento acrescido reduz-se para seis euros.

Nas simulações efetuadas pela EY, o alívio aumenta para 16 ou 17 euros, no caso de um rendimento médio bruto de 3000 euros, no caso de trabalhadores casados, que apresentem IRS em conjunto e que tenham dois ou apenas um filho.

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