Decisão de Bruxelas não apaga “pressões”, diz PCP - TVI

Decisão de Bruxelas não apaga “pressões”, diz PCP

Paula Santos (PCP)

Partido Comunista diz que "constrangimentos" permanecem, que há "chantagens inaceitáveis" e que é "urgente" Portugal libertar-se disso mesmo

O facto de a Comissão Europeia ter cancelado o processo de sanções por incumprimento do défice a Portugal não apaga as "pressões" e  os"constrangimentos" sobre o país. É assim que reage o PCP, defendendo que o país precisa de libertar-se dessas forças que considera negativas.

"A decisão da União Europeia em relação a essas duas questões não apaga o longo período pelo qual o nosso país e o nosso povo passaram de pressões e de chantagens inaceitáveis sobre as opções políticas tomadas, procurando condicionar essas opções", afirmou a vice-líder da bancada comunista no parlamento Paula Santos, cirada pela Lusa.

Não apaga também o quadro de constrangimentos, condicionalismos, limitações que são impostos ao nosso país e só demonstra o quão urgente é que Portugal se liberte desses mesmos constrangimentos para prosseguir um caminho de desenvolvimento económico e social".

A Comissão Europeia considerou também que o esboço orçamental de Portugal "coloca um risco de incumprimento" tendo em conta as exigências para 2017 a que o país está obrigado, ainda que o desvio encontrado tenha uma "margem muito estreita", embora admitindo que o país deverá "respeitar o valor de referência" para o défice orçamental de 3% "este ano", podendo encerrar o Procedimento por Défices Excessivos (PDE) se realizar uma correção "atempada e sustentável".

"Não deixa cair eventuais ou outros processos de pressão e de chantagem sobre Portugal. Aliás, as medidas insuficientes, mas positivas, que têm sido adotadas nos últimos meses têm demonstrado uma evolução positiva do país e as instituições europeias não abandonaram o objetivo de tentar impor e fazer regressar uma política de exploração e empobrecimento que o nosso povo rejeitou", defendeu ainda Paula Santos.

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