O presidente da Associação Portuguesa dos Administradores Hospitalares justificou esta segunda-feira a dívida de mais de mil milhões de euros dos hospitais à indústria farmacêutica com a «difícil situação financeira do país, que levou ao agravamento do problema».
«Não me espanta que a dívida seja alta na medida em que a situação financeira dos hospitais tem vindo a agravar-se com os problemas económicos que o país está a viver e com as dificuldades de financiamento na banca», disse à agência Lusa o presidente da Associação dos Administradores Hospitalares (APAH), Pedro Lopes.
Em entrevista à agência Lusa, o presidente da Associação Portuguesa da Indústria Farmacêutica (APIFARMA), João Almeida Lopes, disse que os hospitais devem à indústria farmacêutica mais de mil milhões de euros, sendo os prazos médios de pagamento superiores a um ano quando deviam ser de um máximo de três meses.
A dívida dos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) aos laboratórios que fornecem os medicamentos é actualmente de 1.060 milhões de euros enquanto os prazos médios situam-se entre os 380 e os 400 dias.
Em declarações à Lusa, Pedro Lopes diz que esta situação de «agravamento das dívidas aos hospitais não é nova», mas piorou com a situação político-económica do País.
Medicamentos: dívidas são reflexo da situação do país
- Redação
- LF
- 18 abr 2011, 10:34
Responsáveis justificam dívida de mais de mil milhões de euros dos hospitais à indústria farmacêutica com a «difícil situação financeira do país, que levou ao agravamento do problema»
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