Desemprego cai para mínimos de cinco anos - TVI

Desemprego cai para mínimos de cinco anos

Desemprego

Taxa recuou para 10,8% no 2º trimestre, situando-se no valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2011

A taxa de desemprego foi de 10,8% no segundo trimestre, inferior em 1,6 pontos percentuais (p.p.) à do trimestre anterior e 1,1 p.p. abaixo do trimestre homólogo de 2015, situando-se no valor mais baixo desde o primeiro trimestre de 2011.

De acordo com as estatísticas do emprego divulgadas esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), a população desempregada, estimada em 559,3 mil pessoas, recuou 12,6% face ao trimestre anterior (menos 80,9 mil pessoas) e diminuiu 9,8% face ao trimestre homólogo de 2015 (menos 61,1 mil pessoas).

A população empregada, estimada em 4 602,5 mil pessoas, subiu 2% face ao trimestre anterior (mais 89,2 mil pessoas) e 0,5% face ao período homólogo do ano passado (mais 21,7 mil pessoas), de acordo com o INE.

A taxa de atividade da população em idade ativa situou-se em 58,3%, tendo aumentado 0,2 p.p. em relação ao trimestre anterior e diminuído 0,3 p.p. face ao trimestre homólogo.

A subida trimestral da população empregada é explicada pelo INE “pelos aumentos ocorridos” em ambos os sexos, destacando-se os homens (60,4 mil; 2,6%), pessoas dos 45 aos 64 anos (46,4 mil; 2,5%), pessoas com diferentes níveis de escolaridade, em particular aquelas que completaram o correspondente ao 3.º ciclo do ensino básico (58,2 mil; 2,7%).

Esta subida deve-se também, segundo o INE, aos empregados, sobretudo no setor dos serviços (44,7 mil; 1,4%), e no da agricultura, produção animal, caça, floresta e pesca (33,2 mil; 11,2%), trabalhadores por conta de outrem (62,9 mil; 1,7%), nomeadamente com contrato de trabalho sem termo (23,1 mil; 0,8%) ou com outro tipo de contrato de trabalho que não sem termo ou com termo (23,4 mil; 19,7%), e empregados a tempo completo (83,8 mil; 2,1%).

Entre abril e junho, a taxa de emprego dos homens (57,1%) foi superior à das mulheres (47,4%). Ainda em relação ao trimestre anterior, ambas as taxas de emprego aumentaram (1,5 p.p. e 0,6 p.p., respetivamente, para os homens e para as mulheres).

Quanto à subida homóloga da população empregada, esta é explicada pelos acréscimos em ambos os sexos, com prevalência nos homens (28,8 mil; 1,2%), em todos os grupos etários, mas com destaque para os 45 aos 64 anos (41,5 mil; 2,3%), pessoas com o ensino superior (53,9 mil; 4,8%), empregados no setor dos serviços (49,6 mil; 1,6%), trabalhadores por conta de outrem (52,4 mil; 1,4%), nomeadamente com contrato de trabalho sem termo (24,1 mil; 0,8%) e empregados a tempo completo (46,6 mil; 1,2%).

No trimestre em análise, a população empregada era composta por 51,4% de homens e 48,6% de mulheres, revela o INE.

Numa análise por regiões NUTS II, verifica-se que no segundo trimestre de 2016 a taxa de desemprego foi superior à média nacional na Madeira (13%), Alentejo (12,7%), Norte e Área Metropolitana de Lisboa (ambas com 11,6%) e Açores (11,0%).

Já a taxa de desemprego das regiões Centro (8,4%) e Algarve (8,1%) ficaram “abaixo da média nacional”.

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