Gaspar: «Desemprego é sinal dos custos sociais da crise» - TVI

Gaspar: «Desemprego é sinal dos custos sociais da crise»

Ministro desculpa-se com a crise mas Seguro diz que espiral recessiva é fruto da consolidação orçamental do Governo

Vítor Gaspar admitiu esta sexta-feira no Parlamento que o desemprego é o sinal mais saliente dos custos sociais da crise.

«É inequívoco que a persistência e a determinação dos portugueses na sua execução foi decisiva para o progresso alcançado. Este progresso é internacionalmente conhecido. É evidente que este progresso não diminui as dificuldades que hoje muitos portugueses enfrentam. O desemprego no quarto trimestre de 2012 atingiu 923 mil portugueses e esse é o sinal mais saliente dos custos sociais da grave crise com que hoje lidamos», disse na Assembleia da República, onde foram discutidas alternativas de combate à crise, propostas pelo Partido Socialista.

O ministro respondia assim a uma pergunta colocada pelo líder do PS, António José Seguro, que garantiu que o aumento do desemprego e a espiral recessiva são fruto da estratégia da consolidação orçamental. Isto no dia em que foram relevados os números do Eurostat: o gabinete de estatísticas europeu revelou que a taxa de desemprego em Portugal chegou aos 17,6% em janeiro. É a mais elevada de sempre.

«O Governo ainda não reconheceu que o aumento brutal do desemprego e que a espiral recessiva são fruto da vossa estratégia de consolidação orçamental. Isso quer dizer que é preciso mudar de estratégia», atirou Seguro.

Já o secretário de Estado do Emprego diz que a subida da taxa já era expectável mas acresdita que ela pode ser mais baixa no conjunto do ano.
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