Novo Banco: plano de reestruturação apresentado este mês - TVI

Novo Banco: plano de reestruturação apresentado este mês

Sérgio Monteiro diz que processo de venda só pode estar concluído em pleno depois do plano ser aprovado por Bruxelas

O novo responsável pela venda do Novo Banco, Sérgio Monteiro, diz que o processo só pode avançar em pleno depois de o plano de reestruturação ser aprovado por Bruxelas.

O antigo secretário de Estado dos Transportes diz que esse plano vai ser revelado pela Administração do Novo Banco ainda durante este mês.

"Nós temos os resultados dos testes de stress já conhecidos e o plano de reestruturação que o banco está a terminar e que será expectavelmente apresentado durante este mês de dezembro, para aprovação em Bruxelas. Essas são as duas peças chave do processo de venda. Não há nenhuma decisão tomada quanto a modelo, nem quanto a forma. Isso deixamos para o momento certo".


O Banco Central Europeu (BCE) confirmou esta terça-feira que recebeu o plano de capitalização do Novo Banco, onde se incluem as medidas previstas para cobrir as necessidades identificadas nos testes de stress. A proposta foi entregue dentro do prazo previsto, que terminava ontem. 

"Ontem, o BCE recebeu o plano de capital do Novo Banco", garantiu o gabinete de imprensa do banco central à TVI. 

O BCE identificou necessidades de capital de 1.398 milhões de euros no Novo Banco, no cenário adverso dos testes de stress, que terão de ser colmatadas no prazo de nove meses.  

De acordo com o 'exame' do BCE, divulgado no dia 14 de novembro, naquele que é designado de cenário base, o Novo Banco cumpriu o mínimo exigido, tendo ficado com um rácio de capital CET1 (Common Equity Tier 1) de 8,2%, ligeiramente acima do mínimo de 8%. Já no cenário mais adverso dos testes - com condições como agravamento da economia ou aumento do desemprego - ficou abaixo do mínimo de 5,5% definido pelo BCE, ao apresentar um rácio de apenas 2,4%.  

Foi neste cenário que o BCE identificou falhas de capital de 1398 milhões de euros.  

A instituição liderada por Stock da Cunha tem agora duas semanas para apresentar um plano com medidas para suprir a falha de capital, que terá de ser colmatada no prazo nove meses, até ao verão do próximo ano.  
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