A mobilidade partilhada é um conceito de que se fala cada vez mais e que está a ser posto em prática, sobretudo nas grandes cidades. Há carros e motas que abrem sem chave, com recurso a uma aplicação, que nos diz onde estão os veículos mais próximos e é só pegar e andar - literalmente - já que o pagamento da viagem se faz através da conta associada a essa aplicação. E se pusesse o seu próprio carro a render?
José Francisco de Sousa, fundador da Shareacar, esteve no espaço Economia 24 do Diário da Manhã da TVI e explicou em que consiste esta nova forma de mobilidade partilhada desde logo patente no nome da plataforma, já que share a car significa partilha um carro.
A Shareacar é uma comunidade de pessoas. O aluguer é feito entre pessoas e pessoas. Carros de pessoas e pessoas. Viemos tentar fazer um bocadinho diferente do que têm feito as rent-a-car. A ideia é que quem tem carro e não o utiliza todos os dias, poder rentabilizá-lo alugando, de forma segura".
Ter um carro representa um custo médio anual de 6 mil euros, entre combustível, manutenção, seguros e impostos, segundo as contas desta plataforma. Pôr o carro a render permite poupar dinheiro ao final do ano.
Como funciona o aluguer
É o dono do automóvel que fixa o preço. Fica com 70% e a plataforma cobra 30% de comissão sobre esse valor. Não há custos de adesão e a empresa garante seguro "às duas entidades" envolvidas no processo.
Não são aceites todos os tipos de carro: aqueles que tiveram mais de 10 anos de matrícula e carros de luxo com valor comercial acima de 50.000 € ficam de fora. Têm de cumprir ainda outros requisitos:
- Lotação máxima 9 lugares
- Matrícula Portuguesa
- Peso bruto não superior a 3.500kg
- Inspecção periódica válida e em vigor
- Seguro Obrigatório válido
- Imposto circulação em dia
- Uso estritamente particular
- Ter 2 jogos de chaves que dêem para abrir e ligar o carro
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Esta plataforma, criada em maio, já conta com mais de 100 carros, 500 registos e 200 alugueres. Pretende expandir-se para o Porto e ilhas antes do verão e quando a estação chegar já quer estar no Algarve, ambicionando chegar a todo o país.
"Somos como um Airbnb dos carros. O processo é, em tudo, semelhante às casas, mas no nosso caso são carros", resumiu José Francisco de Sousa.