CES contra aumento de impostos

Portugal tem uma economia com «uma estrutura produtiva muito desequilibrada. O peso das PME é muito grande». O aumento de impostos terá «impacto na procura interna» e, quando há retração da procura interna, «quem sofre são PME e isso tem impacto grande no emprego».

O aviso parte do Conselho Económico e Social (CES), que adverte também que «parece cada vez mais difícil tentar conciliar dois objetivos ao mesmo tempo» - o da dívida pública e o do défice orçamental.

O presidente do CES, Silva Peneda, diz que «há muitos riscos» em jogo. Já tinha classificado o Orçamento do Estado para 2012 de «altíssimo risco,», nomeadamente no que toca à «receita, desemprego e outro tipo de variáveis».

As perspetivas macroeconómicas para 2012 foram «demasiado otimistas. Fomos dos primeiros a dizê-lo. O CES tem feito muitas afirmações que não têm sido ouvidas».

Agora, as Grandes Opções do Plano para 2013 não têm uma «estratégia global clara do ponto de vista económico» e, sobretudo, em setores como a saúde, educação, frisou. Para além disso, «carecem de fundamento», como por exemplo, as previsões para o desemprego ou para o PIB.

Os parceiros sociais não acreditam que o desemprego se fique pelos 16%. Acham que a realidade vai ser ainda pior.

O responsável do CES não se quis pronunciar diretamente sobre o Orçamento do Estado para 2013, dizendo que na altura devida, depois da entrega do documento na Assembleia da República, o CES comentará o mesmo.