Funcionários públicos já podem simular pensões - TVI

Funcionários públicos já podem simular pensões

  • Atualizada às 13:48 (Notícia inicialmente publicada a 31-01) ALM
  • 1 fev 2019, 12:14
Simulador

Disponível para mais de 40% dos trabalhadores que descontam para a Caixa Geral de Aposentações. Primeiro simulador de pensões, da Segurança Social, com mais de 2,9 milhões de utilizações

O novo simulador de pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA), que permite calcular o valor da pensão, foi apresentado esta sexta-feira e já está disponível para mais de 40% dos funcionários públicos que descontam para a CGA.

Veja aqui o simulador: Simulação da Pensão de Aposentação

A nova ferramenta faz simulações automáticas, em que o subscritor fica a saber o valor ilíquido da sua pensão na data a partir da qual terá direito a reformar-se em qualquer corte, e simulações em data à sua escolha.

Numa primeira fase, o simulador vai estar disponível apenas para os funcionários públicos que entraram na administração pública e se tornaram subscritores da CGA até 31 de agosto de 1993.

Em causa estão, segundo o diretor Central da Caixa Geral de Aposentações, Vasco Costa, citado pela Lusa, cerca de 200 mil pessoas, ou seja, 40% do universo de 450 mil subscritores ativos.

Para se conseguir usar o simulador é necessário estar registado na CGA Directa. Este registo é necessário para que seja gerada uma 'password' que será enviada, pelo correio, para casa do trabalhador.

Neste contexto, Vasco Costa salientou a necessidade de os funcionários terem em atenção a atualização de dados e verificarem se a morada que consta nos registos da CGA corresponde à atual.

Cumpridos todos estes passos, o trabalhador poderá então usar o simulador para perceber a partir de que momento pode aceder à aposentação e qual o valor de pensão que lhe será atribuído, tendo em atenção que este é indicativo.

O simulador foi desenhado para calcular a pensão de acordo com os vários regimes de aposentação atualmente disponíveis, ou seja, na idade legal de acesso à reforma, antecipada com cortes ou ainda antecipada ao abrigo do regime das carreiras longas. É igualmente possível fazer uma simulação para o momento em que se atinge o limite de idade para a aposentação (70 anos).

Este ano, a idade legal de acesso à reforma completa está balizada nos 66 anos e cinco meses. É possível aos funcionários públicos reformarem-se antes desde que tenham mais de 55 anos e chegado a esta idade com, pelo menos, 30 anos de carreira contributiva.

Tal como sucede com os trabalhadores do setor privado, também os da administração pública verão a sua pensão sofrer uma penalização de 0,5% por cada mês de antecipação face à idade legal da reforma, a que se soma o corte pelo fator de sustentabilidade.

Com o regime de reformas antecipadas para longas carreiras contributivas que foi criado por este governo, há situações em que o acesso à reforma antecipada fica livre daquelas penalizações. Estão neste caso os que têm pelo menos 48 anos de descontos ou os que têm 60 anos de idade e 46 de descontos e se tenham inscrito na CGA ou na Segurança Social antes dos 16 anos de idade.

Para facilitar a leitura dos dados, o simulador dispõe de uma barra que vai mudando de cor, sendo a diferença de tonalidade que lhe indica se e quando reúne condições para aceder à reforma antecipada (com cortes) e em que momento pode aceder à pensão completa.

Para cada um destes momentos é apresentado o valor ilíquido da pensão, sendo possível alterar as datas de saída da vida ativa e ficar a par do montante que se receberá caso se prolongue ou antecipe por algum tempo a entrada na aposentação.

O simulador também permite que se juntem períodos de tempo em que tenha havido registo de contribuições para a Segurança Social, caixas de previdência ou em países da União Europeia e associados (Noruega, Islândia, Liechtenstein e Suíça).

No início do segundo semestre está previsto que o simulador seja alargado aos antigos subscritores, ou seja, a pessoas que no passado trabalham na administração pública, mas que se desvincularam.

Numa terceira e quarta fases, a nova ferramenta ficará acessível aos funcionários públicos integrados em regimes especiais e aos trabalhadores que entraram na administração pública a partir de 01 de setembro de 1993, respetivamente.

Entre os regimes especiais estão os militares, as polícias e forças de segurança (PSP, PJ e guarda prisional), o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras ou as magistraturas.

Este faseamento, precisou o mesmo responsável da CGA, foi necessário pelo facto de nem todos os subscritores terem as mesmas regras de atribuição e de cálculo de valor da pensão.

O simulador projeta as remunerações futuras assumindo uma taxa de inflação de 0,5% ao ano e uma atualização salarial da mesma ordem de grandeza, mas estas vairáveis macroeconómicas podem ser alteradas pelo trabalhador se as considerar muito otimistas ou pessimistas.

Simulador de pensões da Segurança Social com mais de 2,9 milhões de utilizações

Já o simulador de pensões da Segurança Social teve mais de 2,9 milhões de utilizações desde que ficou disponível, em maio de 2018, segundo adiantou hoje o ministro do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social, durante a apresentação do segundo simulador.

Ambas as ferramentas fazem simulações automáticas, em que os beneficiários ficam a saber a data em que têm acesso à pensão completa e qual o valor. Além disso é possível fazer uma simulação “à medida”, e ficar a perceber os efeitos no valor da pensão de uma antecipação ou adiamento da entrada na reforma.

De acordo com os dados referidos pelo ministro do Trabalho, dos 2,9 milhões de simulações, mais de 900 mil foram "à medida".

O elevado número de acessos ao simulador de pensões da Segurança Social, que foi inaugurado a 8 de maio de 2018, leva Vieira da Silva a antecipar que também o da CGA irá ser bastante solicitado por parte dos funcionários públicos, concretamente pelos mais de 200 mil que entraram na Administração Pública até 31 de agosto de 1993 e que são o público alvo abrangido pelo simulador da CGA nesta primeira fase.

 

Continue a ler esta notícia

EM DESTAQUE