Combate à austeridade: UGT e CGTP unidas a 90% - TVI

Combate à austeridade: UGT e CGTP unidas a 90%

Carlos Silva (UGT) no Congresso do PS

«Ou nos unimos ou eles esmagam-nos», resumiu Armérnio Carlos

A UGT e a CGTP estão de acordo em «90%» no combate à austeridade, disse o líder da UGT. Mas, para o dirigente da CGTP, «uma coisa são as palavras, outra os atos».

«Foram lançados aqui desafios, quer pela UGT, quer pela CGTP, e são desafios que abordaram o plano geral do país e diria que há grande convergência, diria quase que 90% das posições das duas centrais são consonantes», afirmou o secretário-geral da UGT, Carlos Silva, no final da reunião entre as duas confederações sindicais.

Segundo o responsável, as divergências públicas entre ambos os líderes nos últimos dias foram esclarecidas neste encontro e houve mesmo «uma grande aproximação de posições».

«Garantimos hoje que não nos alheamos de formas de mobilização porque os trabalhadores têm de ser envolvidos. As centrais sindicais não podem estar sozinhas, há que mobilizar os trabalhadores que têm de perceber que há uma unidade entre as centrais sindicais», afirmou Carlos Silva.

«As duas centrais estão imbuídas no mesmo espírito de unidade e de convergência. Esta fogueira foi apagada sem prejuízo. Há aqui uma responsabilização das duas centrais de atenuar alguns comportamentos mais expressivos», declarou.

Já do lado da CGTP, Arménio Carlos aplaudiu «o facto de a UGT considerar positivas as propostas da CGTP relativamente a um conjunto de matérias», nomeadamente, a «rejeição do pacote brutal de sacrifícios que está a ser apresentado aos trabalhadores da administração pública».

«Há muito mais fatores que nos unem do que nos dividem e isto é importante que se faça a partir do local de trabalho», afirmou Arménio Carlos. Mas «uma coisa são as palavras, outra coisa são os atos e o que importa aqui é articular os atos».

«Da nossa parte, de forma coerente, damos sequência àquilo que dizemos e esperamos sinceramente que da parte da UGT, desta vez, também haja essa mesma abertura e esse compromisso», assegurou.

«Esta reunião abriu grandes expectativas, mas também trouxe grandes responsabilidades. Os trabalhadores querem unidade mas não querem que agora se diga uma coisa e amanhã se faça outra».

«Faremos tudo para que essa unidade seja cumprida. Este momento é muito importante e abre um espaço de intervenção, não fazemos a luta pela luta. Ou nos unimos ou eles [Governo] esmagam-nos», concluiu o sindicalista.
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