​PT: Altice vai ter de «enfrentar a força dos trabalhadores organizada» - TVI

​PT: Altice vai ter de «enfrentar a força dos trabalhadores organizada»

Portugal Telecom [Reuters]

Sindicato classifica a assembleia-geral de acionistas, que se realizou na quinta-feira, como um «triste espetáculo»

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O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisual afirmou esta segunda-feira que o grupo francês Altice, que quer comprar a PT Portugal, vai ter de «enfrentar a força dos trabalhadores organizada».

«Os sindicatos vão ter pela frente um novo e complexo desafio, mas a Altice vai ter que enfrentar a força dos trabalhadores organizada, disso não tenham dúvidas», lê-se num comunicado do SINTTAV, divulgado esta segunda-feira, depois dos acionistas da PT SGPS terem dado luz verde à venda da PT Portugal, detida pela operadora brasileira Oi, à Altice.

O sindicato promete lutar pela defesa dos trabalhadores e seus direitos, como a manutenção do Acordo Coletivo de Trabalho com as adaptações «sem perda de direitos que se lhe seguirão», a exigência de progressões e promoções resultantes dos compromissos que constam naquele acordo, manutenção do plano de saúde, dos postos de trabalho «com direitos e dignidade» e dos direitos dos trabalhadores.

«O SINTTAV sempre preferiu resolver os problemas pela via do diálogo, mas se este falhar, temos as outras armas ao nosso alcance», avisa, afirmando que a primeira «prova de fogo» para a Altice «vai ser já com a revisão do ACT que tem vindo a ser adiada exatamente pela indefinição em que a empresa se encontrava».

Como tal, reforça, «o SINTTAV organizará os trabalhadores e desenvolverá as lutas que se julgarem adequadas» e sublinha: «Disso não tenha a Altice qualquer dúvida».

No documento, o sindicato classificou a assembleia-geral de acionistas, que se realizou na quinta-feira, como um «triste espetáculo», acrescentando que a mesma se transformou «em arena de gladiadores».

De acordo com o SINTTAV, quem ganha com a aprovação da venda da PT Portugal à Altice «é o grande capital, a Oi do Brasil» e quem perde «é o país, os trabalhadores e os clientes».
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