Primeiro criaram um site falso de um banco. Depois enviaram e-mails aos clientes para obterem dados pessoais. A seguir conseguiram movimentar contar e desviar dinheiro. Muito dinheiro: 96.000 euros. O crime foi descoberto e essas pessoas, seis no total, vão começar a ser julgadas na próxima segunda-feira, no Porto.
Segundo a acusação do Ministério Público, a que a Lusa teve acesso, três destes arguidos criaram uma página de Internet em tudo semelhante à de um banco e, a partir dela, enviaram e-mails aos clientes da instituição, pedindo para atualizar os dados de homebanking. Foi dessa forma que conseguiram obtê-los e, assim, movimentar as contas online.
Entre 8 de janeiro e 3 de fevereiro de 2016, esses suspeitos conseguiram desviar 96 mil euros de 16 contas bancárias de clientes de Aveiro, Guimarães, Olhão, Lisboa e Porto.
Já os outros três arguidos cederam as suas contas próprias para receberem o dinheiro desviado.
Dos seis arguidos, três são homens - dois deles em prisão preventiva (medida de coação mais gravosa) e um em liberdade. Estão acusados de 16 crimes de acesso ilegítimo, 76 crimes de falsidade informática e 72 crimes de burla informática. Três mulheres estão indiciadas por auxílio material.
“Enriqueceram sem autorização e contra a vontade dos ofendidos”, sustenta a acusação.
O início do julgamento está agendado para segunda-feira, às 09:30, no Tribunal São João Novo, no Porto.