Falta de resolução na Autoeuropa seria “derrota para portugueses” - TVI

Falta de resolução na Autoeuropa seria “derrota para portugueses”

  • ALM com Lusa
  • 5 jan 2018, 11:43
Autoeuropa

Na apresentação dos resultados da SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, o responsável da empresa que representa marca Volkswagen em Portugal a começou por afirmar que não está preocupado com os conflitos atuais

O responsável da empresa representante da marca Volkswagen em Portugal, Pedro Almeida, afirmou hoje que seria uma “derrota para os portugueses” se o conflito laboral na fábrica do grupo alemão de automóvel Autoeuropa não se resolver.

Na apresentação dos resultados da SIVA – Sociedade de Importação de Veículos Automóveis, em Lisboa, o responsável começou por afirmar que não está preocupado com os conflitos atuais devido a horários e afastou a hipótese de a entrega de veículos ficar afetada.

“Mas tem que se resolver. É uma derrota para os portugueses se não se resolver”, sublinhou, porém, Pedro Almeida, referindo estar a analisar “de fora”.

O responsável do importador notou que o construtor alemão poderia encontrar uma solução se houvesse falha na produção prevista, como deslocalizar a fábrica. “Mas não acredito que isso vai acontecer”, afirmou.

Pedro Almeida lembrou ainda o peso da fábrica de Palmela no Produto Interno Bruto (PIB) nacional e a criação de emprego, pelo que “não entende que não se chegue a um entendimento”, referindo ainda o “absurdo da discussão”.

Licínio de Almeida, diretor-geral da Volkswagen Portugal, informou que atualmente o novo modelo da marca, produzido na Autoeuropa, o T-Roc, demora a entregar entre dois a três meses, afirmando que a “produção está a seguir o idealizado”.

Em Portugal, e com a diversificação de opções deste veículo SUV, o dirigente acredita que o T-Roc “rapidamente chegue aos 10%” de vendas.

Depois da rejeição de dois pré-acordos sobre os novos horários negociados previamente com os representantes dos trabalhadores, a administração da Autoeuropa anunciou a imposição de um novo horário transitório, para vigorar no primeiro semestre de 2018, e a intenção de dialogar com a Comissão de Trabalhadores (CT) no que respeita ao horário de laboração contínua, que deverá ser implementado em agosto, depois do período de férias.

O novo horário transitório, que entra em vigor nos últimos dias do mês de janeiro, com 17 turnos semanais, prevê o pagamento dos sábados a 100%, equivalente ao pagamento como trabalho extraordinário, acrescidos de mais 25%, caso sejam cumpridos os objetivos de produção trimestrais.

Os trabalhadores da Autoeuropa aprovaram em dezembro uma proposta para uma greve de dois dias, em 2 e 3 fevereiro.

A SIVA integra o conjunto de empresas que constituem o Grupo SAG, para a distribuição das marcas do grupo Volkswagen no mercado português - Volkswagen, Audi, Bentley, Lamborghini, Škoda e Volkswagen Veículos Comerciais -, segundo a informação disponível na sua página na internet.

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