O sobre-endividamento é uma realidade em Portugal para muitas famílias. Muitas delas pedem ajuda à Associação de Defesa do Consumidor, a Deco. O desemprego é a causa de 20% desses pedidos de socorro.
No primeiro trimestre do ano passado, a falta de trabalho tinha sido responsável por 27% das situações.
Foram mais de sete mil as famílias sobre-endividadas que recorreram ao Gabinete de Apoio ao Sobre-endividado (GAS) da Deco, entre janeiro e março deste ano. O balanço do primeiro trimestre conte, assim, com menos 84 famílias do que em igual período de 2016. Desse total, apenas 630 tiveram as dívidas reestruturadas.
O crédito à habitação voltou a ser o mais renegociado pela Deco, em quase 83% dos pedidos de apoio. Segue-se o o crédito pessoal (cerca de 14%( e o crédito automóvel (11%).
Quanto às habilitações académicas, a maioria das famílias que pede ajuda têm o ensino secundário (31%) ou o 3.º ciclo (16%). O ensino superior representa 23%.
A taxa de esforço média dos processos de sobre-endividamento nas mãos da Deco foi de 69% nos primeiros três meses do ano. É uma subida face à taxa de esforço de 67% no primeiro trimestre de 2016.