Com um Orçamento e 50 novas medidas mercados vão «confiar» - TVI

Com um Orçamento e 50 novas medidas mercados vão «confiar»

Primeiro-ministro quer virar página do Orçamento para página do crescimento. E espera «objectividade» dos mercados

Os mercados acabarão por olhar «com objectividade» para a situação de Portugal. É esta a convicção do primeiro-ministro, para quem as medidas adoptadas pelo Governo são as ajustadas.

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As medidas - para o crescimento e emprego, bem como aquelas contidas no orçamento de Estado para 2011 - «vão dando lentamente confiança aos mercados», no sentido de que Portugal «está a fazer aquilo que deve». A confiança «vai surgindo dia após dia», segundo o primeiro-ministro. No entanto, os juros da dívida pública voltaram hoje a subir, tendo negociado acima dos 6,7%.

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Sócrates mantém-se, mesmo assim, optimista: «Estou convencido que os mercados olharão para a situação portuguesa finalmente com objectividade». E frisou que Portugal vai «fechar» 2010 com um défice de 7,2% do PIB, o que representou uma descida de dois pontos percentuais num ano (contra os 9,3 de 2009), e terminará 2011 com um défice de 4,6 por cento, «abaixo da média comunitária».

«Vamos virar a página para o crescimento»

José Sócrates disse que o objectivo para 2011 não se limita todavia à redução do défice, justificando o pacote de 50 medidas anunciadas na quarta-feira com a importância de Portugal «virar a página do orçamento para a página do crescimento».

Sobre o futuro, «tomaremos medidas» que «as circunstâncias impuserem. Isso não significa que estas medidas não sejam as medidas absolutamente essenciais para responder à situação neste momento».

Por fim, questionado sobre declarações do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, que na véspera disse ser necessário esperar pela reacção dos mercados, que «estão extremamente instáveis», para analisar se as medidas de Portugal são suficientes, Sócrates disse que «a única declaração» que conhece do presidente do executivo comunitário «é de elogio às medidas».
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