Impostos: subida entra em vigor em Julho e dura até 2011 - TVI

Impostos: subida entra em vigor em Julho e dura até 2011

José Sócrates e Teixeira dos Santos em conferência de imprensa após reunião do conselho de ministros

Primeiro-ministro diz que Governo deu o seu melhor para evitar subir impostos mas mundo mudou nos últimos 15 dias. «Estou convencido que os portugueses entenderão bem»

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José Sócrates disse esta quinta-feira, em sede de Conselho de Ministros, que o novo pacote de medidas de austeridade entra «em vigor a partir de Julho» e que o esforço dos portugueses vai durar um ano e meio. Na prática isto significa que os portugueses vão ter de apertar o cinto até ao final de 2011.

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«Quero dizer aos portugueses que este esforço adicional não pode ser feito de outra forma senão através de um aumento ligeiro de impostos. Esse esforço que pedimos a todos os portugueses é necessário e vai durar um ano e meio, isto é, até ao final de 2011», adiantou o primeiro-ministro depois de anunciar um aumento da generalidade dos impostos e cortes adicionais na despesa, incluindo 5% nos salários dos políticos e gestores públicos, além da redução do défice para 7,3% do PIB ainda este ano.

De acordo com o chefe de Estado «todas estas medidas foram pensadas para terem o menor efeito recessivo possível», sendo que «o Governo deu o seu melhor para evitar subir impostos», mas «a alteração extraordinária das condições externas impõe agora que se recorra à subida» de receitas.

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Mais: o compromisso do Governo tem em conta uma aceleração das medidas em 2010 e posterior execução em 2011.

Questionado pelos jornalistas sobre o facto de ter mudado de opinião quanto ao aumento de impostos nos últimos dias, José Sócrates justificou: «a nossa posição sempre foi que deveríamos fazer um ajuste orçamental sem aumento de impostos. Sempre achei que fosse possível mas o mundo mudou nos últimos 15 dias, devido ao ataque especulativo aos países da Zona Euro».

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José Sócrates garantiu ainda que está convencido de que os portugueses «entenderão bem» a necessidade de aumento de impostos e lembrou que o PEC foi «bem recebido no mundo». Um mundo que mudou e que nos faz responder agora com «mais do que aquilo» a que nos propusemos.
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