A associação dos emigrantes lesados pelo BES diz que estes se sentem “abandonados” por Portugal. Surge esta reação a propósito da solução encontrada para os lesados do papel comercial, esperando os representantes dos clientes do Banco Espírito Santo que estão emigrados que também se encontre uma solução para o seu caso.
“Tem havido reuniões que nos levam a crer que há vontade de encontrar uma solução, sobretudo da parte do Governo”, disse a vice-presidente da Associação Movimento Emigrantes Lesados Portugueses (AMEL), Helena Batista, à Lusa.
Adiantou, também, os encontros têm acontecido com o advogado Diogo Lacerda Machado, mediador pelo lado do Governo, e também com representantes do supervisor da banca - o Banco de Portugal - e do regulador, a Comissão do Mercado dos Valores Mobiliários.
Já o Novo Banco continua a recusar-se a participar nos encontros, segundo a mesma fonte.
Os lesados do Banco Espírito Santo vão poder recuperar entre 50% a 75% do capital investido. O acordo com o Governo foi assinado na segunda-feira à tarde, 19 de dezembro.
O Governo apresentou esta segunda-feira à tarde o mecanismo que permitirá minorar as perdas dos cerca de quatro mil clientes do BES que compraram papel comercial do GES, que foi à falência, e cujo reembolso nunca receberam.
O primeiro-ministro fala num "compromisso equilibrado". António Costa garante que os contribuintes não vão pagar esta solução encontrada, algo que o PSD teme vir a acontecer.