Males de outros países também tornam Portugal paraíso para startups - TVI

Males de outros países também tornam Portugal paraíso para startups

  • 4 out 2017, 17:15
Startups

Presidente executivo da Startup Portugal defende que o país “está numa situação única” para atrair jovens empreendedores. Dificuldades de Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha também ajudam

O presidente executivo da Startup Portugal, o alemão Simon Schaefer, considerou esta quarta-feira que Portugal “está numa situação única” para atrair empreendedores, face a dificuldades vividas em destinos que eram naturais, como Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha.

Portugal está numa situação única atualmente porque formalmente só há dois ou três países para onde se vai para fundar startups, empresas de base tecnológica em fase de desenvolvimento: Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha”, comentou o responsável, em entrevista à agência Lusa, a propósito da comemoração oficial do 1.º ano da Startup Portugal.

Contra a Alemanha está, nomeadamente, o excessivo custo de vida e outras dificuldades, pelo que “não oferece um ambiente muito rápido, flexível e barato”. Já o Reino Unido enfrenta o “problema Brexit, a saída do país da União Europeia, na sequência de um referendo”.

Os Estados Unidos têm muitos problemas, sobretudo têm um CEO [presidente executivo] terrível”, resumiu o líder da estratégia do Governo para o empreendedorismo, numa referência ao presidente norte-americano, Donald Trump.

Já Portugal soma “positividade, entusiasmo” e até a Web Summit, a conferência internacional de inovação e tecnologia, que este ano se realiza pela segunda vez no país.

Mais de duas mil startups

Além de ser um destino pacifico e ter “o que todos sabemos: comida e sol”, Simon Schaefer defende ser necessário mehorar os processos de estabelecimento e o ritmo da burocracia, num país que contabiliza já mais de duas mil ‘startups’ incubadas.

Questionado sobre a comparação que se faz entre Lisboa e Berlim, habitualmente tida como capital europeia do empreendedorismo, o responsável admitiu que a cidade portuguesa está à frente da alemã, por ser “mais ‘cooler’ (mais ‘porreira’) e mais acessível”.

Esta é uma janela temporal para a qual estamos a olhar e que devemos aproveitar, é a mais divertida e de trabalho difícil e árduo, mas há tanto para mudar e há tanto dinamismo”, comentou o responsável, prevendo que dentro de cinco anos se deve estar a apresentar um outro local perfeito para receber ‘startups’, porque Lisboa “cresceu muito e muito foi feito”.

Numa visão global, Simon Schaefer notou que a Europa está a perder para a China e Estados Unidos, pelo que o “potencial real” para o ‘velho continente’ seria criar “10 Berlim, 10 Lisboa e cinco Londres e conectá-las”.

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