A ministra da Economia, Finanças e Indústria francesa, Christine Lagarde, declarou-se esta quarta-feira candidata à direcção do Fundo Monetário Internacional (FMI).
«Tomei esta decisão depois de uma cuidadosa ponderação e de acordo com o presidente da República [Nicolas Sarkozy] e com o primeiro-ministro [François Fillon] que me apoiam», adiantou, em conferência de imprensa, assegurando pretender «recolher o mais amplo consenso».
A candidatura de Lagarde surge na sequência de demissão de Dominique Strauss-Kahn, acusado de tentativa de violação e detido em Nova Iorque, mas a ministra, apesar de aculumar apoios internacionais à sua candidatura, não reúne o consenso interno e pode ser alvo de um inquérito judicial em França.
«Não estou a defender a minha candidatura porque sou europeia», disse a ministra, citada pela Bloomberg. Christine Lagarde, 55 anos, quer antes ser julgada com base na sua experiência e não na sua nacionalidade, mas ser europeia não deve «constituir uma desvantagem».
Caso a ministra das Finanças de França vença a corrida, tornar-se-á a primeira mulher a liderar a instituição desde a sua fundação em 1945.
E tem fortes probabilidades de o conseguir já que conta com o apoio da Comissão Europeia, da China e do Brasil.
Ainda hoje o presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, veio manifestar o seu «apoio total» à candidatura de Christine Lagarde.
Berlim, Londres e Roma também apoiaram a sua candidatura antes de ela a anunciar. Até agora, os Estados Unidos, cujo apoio é essencial, e o Japão não manifestaram o seu apoio.
Lagarde já reafirmou entretanto a sua oposição à reestruturação da dívida dos países europeus. «No que respeita ao princípio da reestruturação, oponho-me tendo em conta as circunstâncias», declarou Lagarde numa conferência de imprensa em Paris, segundo a agência France-Press.
Lagarde declara-se candidata à direcção do FMI
- Redação
- CPS/VC/JF
- 25 mai 2011, 11:11
Ministra francesa conta já com o apoio da Comissão Europeia, China e Brasil
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