Os salários de maio dos trabalhadores da Groundforce podem estar em risco.
Num comunicado interno a que a TVI teve acesso, o sócio maioritário da empresa, Alfredo Casimiro, diz não ter forma de acorrer a todas as exigências e a culpa é do pedido de insolvência, já que os fornecedores, com receio, estão a exigir pagamentos a pronto ou antecipados.
A Groundforce não tem condições no curto prazo para acorrer a todas as exigências dos seus fornecedores sem pôr em risco outras responsabilidades", lê-se no documento.
No entanto, Alfredo Casimiro diz que tudo fará para cumprir o compromisso de pagar salários, mas sublinha que o pedido de insolvência feito pela TAP pode colocar em causa alguns compromissos.
Assumimos um compromisso com os trabalhadores para o mês de maio e tudo faremos para o cumprir. Não escondo que este pedido para declaração de insolvência não contribui em nada para esse objetivo porque não poderemos evitar algumas saídas de caixa para manter a Operação. Espero que quem o fez tenha pesado as respetivas consequências", nota o comunicado.
O comunicado interno refere ainda que a empresa de handling é "saudável" e que está a ser afetada pelo contexto pandémico.
Nunca é demais reafirmar o que sempre temos dito para que não restem dúvidas a ninguém, a SPdH/Groundforce é uma empresa saudável, afetada severamente pela crise pandémica sem precedentes, não tendo qualquer desequilíbrio estrutural que a coloque em risco económico", conclui.