Juros no crédito à habitação com recuo ténue em abril

A taxa de juro implícita nos contratos de crédito à habitação diminuiu de forma ténue em abril, para 1,442%, e a prestação média vencida manteve-se nos 260 euros, revelam dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Face a março, a taxa de juro recuou 0,006 pontos percentuais (p.p.), para um novo mínimo da série iniciada em janeiro de 2009, enquanto a prestação média vencida para a globalidade dos contratos registou um valor idêntico.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita foi 3,149%, mais 0,035 p.p. do que no mês anterior.

Segundo o INE, a diminuição de 0,006 p.p. na taxa de juro face ao mês anterior foi menos intensa que a observada em março (redução de 0,035 p.p. em relação a fevereiro), sendo que a diminuição acumulada desde dezembro de 2011, mês da última inflexão da série, foi 1,272 p.p..

Nos contratos para aquisição de habitação, a diminuição face a março foi de 0,005 p.p., para uma taxa de juro de 1,458%, tendo-se atingido, tal como para o total dos contratos, um novo mínimo da série iniciada em janeiro de 2009.

Já para os contratos celebrados nos últimos três meses, a taxa de juro implícita subiu 0,035 p.p. face ao mês anterior, para 3,149%, no que foi ¿o primeiro aumento da taxa de juro para estes contratos desde março de 2012¿.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses relativos a aquisição de habitação, a taxa de juro implícita foi de 3,109%, 0,027 p.p. acima do valor de março.

No que respeita ao valor médio da prestação vencida, em abril, para a totalidade dos contratos em vigor, foi de 260 euros.

O valor médio da prestação para o conjunto dos contratos de crédito à habitação celebrados nos últimos três meses fixou-se nos 284 euros, menos 10 euros do que no mês anterior e um novo mínimo da atual série.

De acordo com o INE, nos contratos com destino aquisição de habitação o valor médio da prestação vencida foi de 268 euros, tal como em março, sendo que, para este destino de financiamento, e nos contratos celebrados nos últimos três meses, a prestação média vencida ficou 10 euros aquém da de março, nos 298 euros.

O valor do capital médio em dívida, para a totalidade dos contratos de crédito à habitação e para os contratos com destino de financiamento aquisição de habitação, passou de 58.643 euros e 61.625 euros em março, respetivamente, para 58.520 euros e 61.495 euros, em abril.

Nos contratos celebrados nos últimos três meses, o valor médio do capital em dívida com destino de financiamento aquisição de habitação, em abril, foi 70.366 euros (73.893 euros em março).