Tecnologias de informação escapam à crise de emprego - TVI

Tecnologias de informação escapam à crise de emprego

Trabalho

Empresas precisam cada vez mais de profissionais nesta área

Os estudantes e profissionais de Informática e Tecnologias de Informação têm taxas de empregabilidade elevadas, apesar da crise, porque praticamente todas as empresas dependem desta área em constante evolução, adiantaram à Lusa universidades e empresas de formação.

«Praticamente todas as organizações, independentemente da área de atividade, estão fortemente dependentes das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) para desenvolver a sua atividade», assegura Cláudia Vicente, diretora da empresa de formação Galileu.

A responsável aponta os domínios das «Redes e Sistemas», «Bases de Dados», «Marketing Digital» ou «Web e Mobile» como aqueles em que «profissionais qualificados continuam a ser bastante procurados» apesar da conjuntura atual.

«Não há profissões imunes à crise, mas áreas onde as empresas continuam a recrutar. A das TIC é uma delas, nomeadamente em «Redes e Sistemas», «Desenvolvimentos de Aplicações» e «Bases de Dados». São domínios em constante evolução e daí resulta uma constante necessidade de profissionais por parte das organizações», destaca Jorge Lopes, do departamento de Formação da empresa Rumos.

O diretor comercial sustenta que a procura diz respeito «tanto ao nível de perfis mais experientes, como juniores, recém-licenciados ou saídos de cursos profissionais», pelo que se torna ¿«relativamente fácil para os licenciados encontrarem oportunidades de trabalho neste setor».

Na Universidade Portucalense, no Porto, a taxa de empregabilidade dos diplomados em Informática é de 100%, revela Filomena Lopes, responsável do departamento de Informática da instituição.

Os dados referem-se a alunos que concluíram o curso entre 1999 e 2009 e estão reunidos num estudo do Instituto do Emprego e Formação Profissional e do Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior.

A Efacec, a IBM, a Samsung, a Sonae, o BCP e a PT Sistemas de Informação são exemplos de empresas onde os alunos que concluíram o curso na Portucalense foram colocados, refere fonte do gabinete de imprensa da instituição, acrescentando não faltarem exemplos de empresas lançadas por ex-alunos (a Sistemas do Futuro, a Systrade, a Lusoinfo, a IStimeless, a Anubisnetworks, a Oasmconsulting, a Mercado Web ou a Dubai Autodrome).

O sucesso é justificado com «metodologias de aproximação máxima ao mundo profissional», que incluem reuniões bienais entre os alunos e ¿os principais empregadores» para «avaliar e ajustar os planos de estudo às necessidades das empresas a médio e longo prazo».

Na Universidade Fernando Pessoa, no Porto, o gabinete de Comunicação e Imagem destaca que a empregabilidade dos alunos na área de formação é de 100%.

O caso de maior sucesso na Universidade do Porto diz respeito aos mestrados integrados em «Engenharia Informática e Computação» e em «Engenharia Eletrotécnica e de Computadores».

Dois anos depois de concluírem aqueles cursos, em 2010, 78,1% e 73,8% dos alunos, respetivamente, tinham um emprego a tempo inteiro, revela o estudo «O Emprego dos Diplomados em 2010 da UPorto» realizado pelo Observatório do Emprego em 2012.

«Um estudo da ITCareerFinder [portal online dedicado a profissionais das TIC] indica que a área de Administração de Redes e Sistemas Informáticos terá um crescimento de 28% nos próximos 10 anos», alerta o diretor comercial da Rumos Formação.

As empresas precisam de «acompanhar as evoluções tecnológicas para se dinamizarem e se tornarem ou manterem competitivas», nota Cláudia Vicente, da Galileu.
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