Terminou sem acordo a reunião que juntou o secretário de Estado Adjunto da Mobilidade, José Mendes, e representantes sindicais da Transtejo Soflusa (TTSL)
À saída o representante do sindicato dos Maquinistas da Marinha Mercante (Sitemaq), Alexandre Delgado confirmou isso mesmo.
Não há acordo. Foi uma reunião um tanto ou quanto frustrante por que o Ministério e o conselho de administração se refugiaram no que tinham de fazer para pararem a greve [da Softlusa] e esqueceram-se que podem haver muitas mais no setor”, disse aos jornalistas.
O responsável disse que ficou definido que o conselho de administração irá marcar uma reunião par iniciar negociações, mas os trabalhadores retomarão a greve a a 18 de junho - duas horas por turno, "embora haja trabalhadores querer intensificar as formas de luta", refere o responsável.
Alexandre Delgado considera que o tema das negociações "é um presente envenenado por que não pode haver negociações sérias partindo de premissas diferentes e erradas." E acrescenta: "não somos contra os aumentos, mas não podem ser parcelares por que a composição dos barcos é feita por várias pessoas."
Os funcionários da Soflusa, que faz a travessia do Tejo entre o Barreiro e Lisboa, tinham optado por adiar a paralisação, já que havia reunião com o secretário de Estado da Mobilidade, com a questão salarial no centro da agenda. É que na Soflusa, houve um acordo com os mestres, mas os restantes funcionários da transportadora quiseram também ver as suas condições melhoradas, a que se juntam também os trabalhadores da Transtejo que garante a travessia entre Cacilhas e Lisboa.