«Se o caminho seguido pela PT ou pelo grupo Altice for alienar esses ativos [nomeadamente Cabovisão e Oni] e, no que diz respeito a ativos no nosso setor, estaremos sempre atentos», disse Miguel Almeida, citado pela Lusa, na conferência de imprensa para a apresentação de resultados da NOS em 2014, reforçando mais à frente que «obviamente, a empresa estará atenta a todo o desenvolvimento do mercado».
Contudo, acrescentou não saber se os ativos estão à venda, afirmando que «quando há um vendedor, potencialmente há um comprador», pelo que «é difícil falar» se a NOS é ou não compradora «sem ter uma ideia sequer do que estaria a comprar e do preço associado».
O gestor disse apenas ter conhecimento de que foi notificada uma operação de concentração na Comissão Europeia, referindo-se ao processo de venda da PT Portugal à Altice.
«Acreditamos que em relação a esse processo seria crítico, muito importante e relevante que fosse avaliado em Portugal pela Autoridade da Concorrência (AdC), que tem muita experiência e competência para o avaliar, porque este é um processo que está longe de ser pacífico, dada a significativa concentração que iria gerar», explicou Miguel Almeida.
O presidente executivo da NOS voltou hoje a sublinhar que não se pode confundir «o que foi a turbulência ao nível da PT SGPS com o que aconteceu ao longo deste tempo na PT Portugal».
«Não gosto de falar do concorrente, mas do ponto de vista operacional o que sentimos é que a PT Portugal continuou o caminho que vinha a fazer, não sentimos impactos na sua operação, não sentimos de facto grande turbulência na operação da PT Portugal. O resto são factos conhecidos», disse.