Será “extremamente difícil” o país aguentar juros de 5% - TVI

Será “extremamente difícil” o país aguentar juros de 5%

Teodora Cardoso

Aviso de Teodora Cardoso chega numa altura em que as taxas de juro a longo prazo da dívida pública nacional se aproximaram dos 4%, evidenciando a possível volatilidade da conjuntura atual relativamente benigna, e da situação nacional

Antes de mais Portugal precisa de reestruturar a política económica, não a dívida pública. Com política corretas, a prazo, poderá tentar convencer a União Europeia e alterar juros e maturidades dos atuais empréstimos.

Em entrevista ao Negócios/ Antena 1,a presidente do Conselho de Finanças Publicas diz que o contexto não é fácil e vai ficar pior, pois a tendência de médio prazo será de uma subida de juros a nível internacional.

O aviso de Teodora Cardoso chega na semana em que as taxas de juro a longo prazo da dívida pública nacional se aproximaram dos 4%, evidenciando a possível volatilidade da conjuntura atual relativamente benigna, e da situação nacional. Suportar juros de 5% no país com dívida e tributação elevada, e baixas perspetivas de crescimento será difícil, defende, recusando a urgência de uma reestruturação da dívida que, aliás, não vê como poderá acontecer num plano europeu mais alargado.

Para a economista, Portugal deve programar e levar por diante uma política económica que dê estabilidade financeira ao país e produza crescimento. Isso é que é essencial. O problema que a dívida põe, é que temos uma dívida muito elevada e por enquanto os juros estão muito baixos porque as políticas monetárias têm ido nessa direção. Mas isto vai mudar. E vai mudar por que a política americana vai mudar – aliás já está a acontecer.

"Por isso, sem fazermos nada, sem ser nossa responsabilidade, as taxas de juro a que nos financiamos subirão. Numa altura em que precisamos de financiamento para reestruturar a economia e para financiar investimento isso não é claramente favorável", afirma Teodora Cardoso.

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