Os cargos executivos que as mulheres ocupam em Portugal - TVI

Os cargos executivos que as mulheres ocupam em Portugal

Trabalho (Fonte: Reuters)

Mulheres representam atualmente 21% dos cargos não executivos na UE e 13% dos cargos executivos

As mulheres ocupavam 9% dos cargos executivos em Portugal em 2014, verificando-se um aumento de 1% face ao ano anterior, mas uma redução relativamente a 2012, revela um estudo do Instituto Europeu para a Igualdade de Género (EIGE).

O estudo “Igualdade de Género no Poder e Tomada de Decisão”, que foi realizado entre 2003 e 2014, pretendeu monitorizar o progresso dos Estados-membros da União Europeia em termos de Igualdade de Género, no que concerne ao poder e à tomada de decisão

Segundo o estudo do EIGE (sigla em inglês), as mulheres representam atualmente 21% dos cargos não executivos na UE e 13% dos cargos executivos.

Na maioria dos Estados-Membros, a representação das mulheres nos cargos não executivos tem sido maior do que nos executivos entre 2012 e 2014, à exceção de nove países (República Checa, Estónia, Grécia, Croácia, Chipre, Hungria, Malta, Portugal, Roménia) nos quais, num ou mais ano, as mulheres estavam melhor representadas entre os executivos.

Em 2012, as mulheres ocupavam 10% dos cargos executivos em Portugal, número que desceu para 8% em 2013 e voltou a subir para 9% em 2014.

Relativamente aos cargos não executivos, em 2012 estes eram ocupados por mulheres em 7% dos casos, peso que subiu para 10% no ano seguinte e se manteve em 2014.

Relativamente à representação das mulheres e dos homens em altos cargos judiciais, o estudo refere que em Portugal, Espanha e Reino Unido as mulheres estão praticamente ausentes nestes lugares (menos de 15%).

As mulheres e os homens estão igualmente representados nestes cargos em seis países da União Europeia (França, Croácia, Letónia, Luxemburgo, Hungria, Eslováquia), mas na Bulgária e na Roménia estes lugares são ocupados maioritariamente por mulheres (mais de 60%).

O estudo, divulgado no site da Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género (CIG), conclui que, apesar do envolvimento político e dos esforços para reduzir as desigualdades de género, as mulheres ainda enfrentam desafios injustos nas suas vidas, como acontece nos processos de tomada de decisão em que estão sub-representadas em várias posições de liderança a nível político e económico, em vários países da União Europeia.

De acordo com o estudo, os homens dominam os bancos centrais, os ministérios das finanças e as salas de reuniões em toda a Europa com apenas um em cada 25 lugares de topo a ser ocupado por uma mulher.
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