Troika volta a Atenas, mercado laboral em análise

A «troika» internacional inicia esta segunda-feira negociações com o Governo grego com o objetivo de rever os acordos salariais entre patrões e sindicatos e aumentar os impostos indiretos, noticiam a imprensa grega, citada pela EFE.

Os chefes da delegação da «troika» Paul Thomsen, do Fundo Monetário Internacional (FMI), Matthias Mors, da Comissão Europeia (CE), e Klaus Masuch, do Banco Central Europeu (BCE) começaram hoje a chegar a Atenas.

Uma equipa de técnicos está na capital grega desde segunda-feira passada para preparar os trabalhos.

A primeira reunião terá lugar na segunda-feira e juntará os representantes da «troika» e os funcionários do Ministério do Trabalho, noticia o diário «Kathimerini».

Já o jornal «To Vima» dá como certo que a «troika» exigirá ao Governo grego a revogação do acordo entre patrões e sindicatos de 15 de julho, em que as duas partes se comprometeram a respeitar o salário mínimo bruto de 751,39 euros, o pagamento de 14 salários anuais e a um aumento salarial anual a uma taxa igual à taxa média da inflação europeia.

Já durante uma visita em Outubro, este acordo foi alvo de duras críticas por parte da «troika», que pediu a redução imediata dos custos laborais.

Segundo o diário «Kathimerini», será pedido ao Governo grego a supressão da taxa reduzida do IVA para os alimentos, a energia e outros bens essenciais.

Depois de na semana passada o FMI ter dado «luz verde» à transferência da sua parte da sexta tranche do pacote de ajuda à Grécia, prevê-se que os 8.000 milhões de euros cheguem ao país helénico nos próximos dias.