Ryanair: sindicato pondera avançar com greve europeia - TVI

Ryanair: sindicato pondera avançar com greve europeia

  • ALM com Lusa
  • 29 mar 2018, 20:49
Ryanair

Falam de seis cancelamentos e 20 voos com tripulação estrangeira. Representante dos trabalhadores diz que o número de voos cancelados pode aumentar até ao final do dia, uma vez que existem voos que “ainda não saíram”

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) disse hoje que pondera avançar com uma greve a nível europeu, caso a Ryanair continue a não dar resposta às reivindicações dos trabalhadores e opte pela substituição de grevistas.

Este é o início de um movimento a nível europeu. Estamos em contacto com os sindicatos e, futuramente, será feita uma greve a nível europeu, caso a Ryanair mantenha a mesma postura”, disse Bruno Fialho da direção do SNPVAC.

Já sobre a greve de hoje, o sindicalista disse que o balanço “é positivo”, mantendo-se a “adesão nos 90%”.

Temos cerca de seis cancelamentos confirmados e houve uma panóplia de mais de 20 voos que foram efetuados por tripulantes estrangeiros. […] A Ryanair não cumpre a lei soberana do nosso país, recorrendo à substituição de grevistas para realizar voos. Em termos judiciais, esta situação será tratada”, garantiu Bruno Fialho.

O responsável adiantou que o número de voos cancelados pode aumentar até ao final do dia, uma vez que existem voos que “ainda não saíram”.

Por sua vez, a Ryanair garantiu esta manhã que a greve dos tripulantes de cabine está a provocar “ligeiras perturbações” na operação, afirmando a sua gratidão pelos funcionários “ignorarem” a paralisação.

“Estamos bastante gratos aos nossos tripulantes de cabine portugueses por colocarem os nossos clientes em primeiro lugar, ignorando esta greve”, lê-se em comunicado da empresa, que refere que a “grande maioria” desses funcionários “estão a trabalhar dentro da normalidade esta manhã (29 de março)”.

O SNPVAC convocou uma greve de tripulantes de cabine da Ryanair para hoje, domingo de Páscoa e quarta-feira (4 de abril) porque as conversações com a transportadora “verificaram-se infrutíferas” sobre as exigências para aplicar a lei portuguesa, nomeadamente o direito de parentalidade e baixas médicas.

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