​TST: adesão à greve «é boa», diz sindicato - TVI

​TST: adesão à greve «é boa», diz sindicato

Funcionários judiciais da comarca de Lisboa Norte em protesto

Paralisação foi marcada pela STRUP através da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e começou às 03:00

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A adesão à greve de 24 horas dos trabalhadores da Transportes Sul do Tejo, em protesto contra os «baixos salários» na empresa, «está a ser muito boa», disse à agência Lusa uma fonte sindical.

«A adesão à greve, na nossa perspetiva, está a ser uma boa adesão. Não vamos adiantar números naturalmente porque já abandonamos esta questão há algum tempo, porque andávamos numa guerra de gatos e ratos com a administração da empresa em termos de números e que não levava a lado», disse à Lusa o sindicalista João Saúde, do Sindicato dos Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

A paralisação foi marcada pela STRUP através da Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações e começou às 03:00 de hoje, estando também agendado um plenário junto à Autoridade para as Condições do Trabalho de Almada.

Em declarações à agência Lusa, João Saúde disse esperar uma boa concentração junto à ACT de Almada para falar com os trabalhadores e exigir que aquela entidade interceda junto da administração da empresa no sentido de fazer com que esta «pare as violações no âmbito do Acordo de Empresa em vigor».

«Marcar uma greve é a nossa única forma de falar com os trabalhadores e fazer com que estes sejam ouvidos», disse.

O sindicalista explicou que os trabalhadores exigem uma melhoria salarial, considerando que os atuais salários são «muito baixos».

«A empresa continua a fazer um caminho de empobrecimento salarial. Os trabalhadores têm muita responsabilidade e ganham 623 euros, o que é muito pouco e lutamos por um salário digno. A empresa tem condições para uma melhoria salarial», explicou.

Além dos problema dos trabalhadores, João Saúde diz ainda querer chamar a atenção para o facto de os utentes dos TST estarem a ser prejudicados pela empresa.

«Os utentes dos TST têm sido muito prejudicados pelos serviços que a empresa presta. Faltam carreiras, são retiradas carreiras e os utentes são obrigados a procurar outros meios de transporte. Os trabalhadores e organizações dos trabalhadores estão preocupados com a situação».

Fonte oficial da empresa Transportes Sul do Tejo remeteu para mais tarde um comentário sobre a greve.
Em fevereiro, os trabalhadores da TST também realizaram uma greve de 24 horas, com a empresa TST a explicar, na ocasião, que foi aplicada uma atualização salarial de 1%, com efeito a partir de 01 de janeiro deste ano.

A Transportes Sul do Tejo desenvolve a sua atividade na Península de Setúbal e serve os concelhos de Alcochete, Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela, Seixal, Sesimbra e Setúbal, incluindo ligações a Lisboa.
 
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