Greve na CP encerra 95% das bilheteiras - TVI

Greve na CP encerra 95% das bilheteiras

CP (Lusa)

Trabalhadores do setor comercial da empresa estão em greve, que inclui também os revisores

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Cerca de 95 por cento das bilheteiras da CP estão esta segunda-feira encerradas, devido à greve dos trabalhadores do setor comercial da empresa, que inclui também os revisores, disse à agência Lusa fonte sindical.

«A adesão, hoje, é superior à de quinta-feira. Até às 08:00 só se realizaram dois comboios de longo curso», afirmou Luís Bravo, do Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial e Itinerante, considerando tratar-se de «uma clara demonstração de insatisfação» por parte dos trabalhadores do setor comercial da empresa, em que se incluem os funcionários das bilheteiras e os revisores.


De acordo com o sindicato, não há registo de qualquer comboio urbano a circular, «por opção da empresa».

«Não tendo funcionários, optou por fazer uma ligação de Alfa-Pendular, o comboio das elites, em vez de fazer os comboios regionais, que serviriam muito mais pessoas», declarou o dirigente sindical.


Os trabalhadores reclamam o descongelamento das carreiras e atualizações salariais, bem como o cumprimento de uma decisão judicial relativa a «uma dívida da empresa para com os funcionários».

Os revisores da CP cumprem hoje o segundo dia de greve e a empresa prevê que venham a ser suprimidos entre 80% e 90% dos comboios, sobretudo nas ligações regionais e urbanas.

A CP alertou os passageiros para «fortes perturbações na circulação de comboios», que deverão manter-se até terça-feira de manhã.

As perturbações são agravadas pela recusa de fixação de serviços mínimos pelo Tribunal Arbitral, nomeado pelo Conselho Económico e Social, segundo a CP.

Esta greve foi convocada pelo Sindicato Ferroviário da Revisão Comercial Itinerante (SFRCI) para reclamar o cumprimento da decisão dos tribunais relativo ao pagamento dos complementos nos subsídios desde 1996.

O presidente do SFRCI, Luís Bravo, explicou à Lusa que a CP foi condenada, em várias instâncias, a restituir os complementos que não foram pagos aos trabalhadores no subsídio de férias desde 1996 e no subsídio de Natal entre 1996 e 2003, estimando uma dívida de cerca de dez milhões de euros aos revisores e trabalhadores das bilheteiras.

Fonte da empresa disse hoje à Lusa que circularam quatro dos 63 comboios programados para o período entre as 00:00 e as 06:00.
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