Recorde-se que a paralisação parcial está agendada a partir de quarta-feira e até dia 14,prevendo a paragem nas primeiras três horas de cada turno.
A greve foi agendada ainda durante o anterior executivo em protesto contra "os sucessivos incumprimentos do acordo de empresa em vigor" e as tentativas da administração para "alterar a organização do tempo de trabalho, sem ter em conta os trabalhadores".
Sem querer adiantar pormenores acerca dos compromissos assumidos pelo Governo antes de os comunicar aos trabalhadores, a sindicalista Anabela Carvalheira, da Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fectrans) disse apenas que "estão criadas as condições para a paz social".
"Chegámos a um entendimento. Somos todos pessoas sérias. Da mesma forma que secretaria [de Estado] chegou a acordo [em relação] àquilo que nós propusemos - e não trouxemos nenhum documento escrito -, da mesma forma acreditamos nos interlocutores. Para nós vale a palavra, que foi coisa que não tivemos nos últimos cinco anos”
O secretário de Estado Adjunto e do Ambiente, José Mendes, considera que "foi derrubado um muro de silêncio". À saída da reunião, o governante admitiu ter expetativa que a greve seja cancelada.
"Havia uma espécie de um muro de silêncio. Os trabalhadores tinham alguma dificuldade em fazer passar a sua mensagem, as suas reivindicações, e foi possível desde logo abrir uma janela de diálogo e acordar com os sindicatos que vamos começar um processo estruturado de negociações e de conversas que possa ajudar a que os diferentes pontos de vista possam convergir para resolvermos os problemas”, sublinhou.