“Continuam a sair do Metropolitano profissionais necessários, com anos de formação e conhecimento da empresa e que deveriam constituir os próximos maquinistas do Metropolitano de Lisboa”, lê-se no comunicado.
De acordo com o STTML, “o número deficitário de maquinistas é gritante e a tentativa é esconder as opções tomadas, criando cada vez piores condições de trabalho para estes profissionais, que poderão acarretar consequências graves na qualidade do serviço que prestam”.
Contactada pela Lusa, a Transportes de Lisboa esclareceu que “as rescisões registadas até ao momento, a nível corporativo, resultaram de manifestações de interesse de saída, pelo que foram todas rescisões por mútuo acordo”.
“A nível operacional, as saídas registadas resultaram de rescisões unilaterais por parte dos trabalhadores”, referiu a empresa em resposta a questões da Lusa.
Segundo a Transportes de Lisboa, “no plano operacional, dadas as reais necessidades de reforço de pessoal tripulante, com especial destaque do modo autocarro, a empresa deu início, ainda durante o mês de novembro, a um processo de seleção e recrutamento”.
Na nota hoje divulgada, o sindicato recorda o nível de “responsabilidade do serviço” que os maquinistas prestam e o “elevado número de utentes que transportam diariamente em condições que não são as que desejam, que defendem, mas condicionados pelas alterações introduzidas nos últimos anos com o deficiente serviço que agora prestam, que a tudo são alheios, pois as escolhas têm sido sempre feitas em detrimento de um serviço de qualidade, rápido e sempre em segurança”.
Os trabalhadores do Metropolitano tiveram marcada uma greve parcial de seis dias para este mês, que acabou por ser desconvocada.
A decisão foi tomada a 07 de dezembro num plenário realizado à tarde, depois de, durante a manhã, os sindicatos terem chegado a “um entendimento” com o Governo sobre as suas reivindicações.
Na altura, Silva Marques, do STTML, afirmou que a greve tinha sido desconvocada porque agora os sindicatos têm “um interlocutor à altura dos trabalhadores do Metro e dos utentes dos transportes de Lisboa, e do Metro em particular”.
Nesse dia, o sindicalista adiantou que sindicatos e Governo vão sentar-se na mesa das negociações a partir de 15 de janeiro.