Soflusa: adesão de 100% à greve, barcos parados - TVI

Soflusa: adesão de 100% à greve, barcos parados

Números do sindicato revelam adesão «total» a paralisação contra cortes dos salários

[Notícia actualizada às 11h com mais informações]

Cumpre-se esta sexta-feira o último dia das greves agendadas para esta semana contra os cortes salariais. Desta vez, é a Soflusa a protagonista e, segundo o sindicato, todos os barcos que fazem a travessia entre Barreiro e Lisboa estão parados.

«A adesão é total dos trabalhadores, todos os navios estão parados e a paragem da actividade é de 100 por cento», garantiu à agência Lusa o representante do sindicato do sector. A empresa tem uma versão diferente e fala numa adesão pouco acima dos 80%.

José Augusto sublinha que «não há transporte fluvial por parte da Soflusa [do Barreiro] para Lisboa nem ao contrário, de Lisboa para o Barreiro». Desde as duas da manhã que há perturbações nas ligações fluviais.

A greve, que está a ser feita em duas horas por turno, recomeçou esta manhã às 06:00 e segundo o sindicalista vai-se manter até cerca das 8:45. Sem garantir serviços mínimos, são 49 as ligações afectadas.

«Depois, começarão os navios a movimentarem-se e as carreiras a retomar a normalidade por volta das 9:30».

No período anterior da greve, por volta das 02:30, a mesma fonte referiu que os barcos da Soflusa ficaram no cais devido à greve, acrescentando que deveriam ser cancelados as outras 49 ligações no mesmo percurso até às 09:40.

A versão da Soflusa

Se o sindicato fala numa adesão total, a Soflusa diz que foi acima dos 82,81%.

Fonte oficial da empresa explicou à Lusa que este valor tem em conta os funcionários operacionais [comerciais e exploração] e que já saíram cinco barcos (com capacidade para 600 pessoas), sendo que por esta hora já não existem pessoas à espera nem no Barreiro, nem em Lisboa.

Muitos apertos, gritos e assobios marcaram a abertura dos torniquetes na estação do Barreiro para deixar entrar os passageiros que queriam apanhar o primeiro barco da Soflusa, às 09:40.

Para além de algumas empresas públicas, também companhias privadas de transporte de passageiros aderiram à paralisação, contestando o congelamento dos salários e o bloqueio da contratação colectiva.
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