Trabalhadores da MoveAveiro ameaçam com novas greves - TVI

Trabalhadores da MoveAveiro ameaçam com novas greves

Paulo Rangel e Nuno Melo uma viagem de moliceiro nos canais na Ria de Aveiro (PAULO CUNHA/LUSA)

Segundo o sindicalista, a paralisação de cinco dias, que terminou às 24:00 de domingo, teve uma adesão de cerca de 50%

Os trabalhadores do serviço fluvial da MoveAveiro, empresa municipal de transportes de Aveiro, vão avançar com novas greves até que seja dada uma resposta às suas reivindicações, informou esta segunda-feira fonte sindical.

"Os problemas ainda não foram resolvidos e vamos reunir ainda hoje para decidir a data da próxima greve, que deverá ser de dois ou três dias", disse à agência Lusa João Brandão, dirigente do Sindicato dos Transportes Fluviais, Costeiros e da Marinha Mercante.

Segundo o sindicalista, a paralisação de cinco dias, que terminou às 24:00 de domingo, teve uma adesão de cerca de 50%.

Durante este período, foi realizada apenas uma travessia diária entre São Jacinto (Aveiro) e o Forte da Barra (Ílhavo) e no sentido inverso, que correspondia aos serviços mínimos.

A greve, que começou no dia 19, teve como objetivo protestar contra os cortes salariais e exigir o reconhecimento da antiguidade no processo de transição para a Câmara de Aveiro.

A MoveAveiro encontra-se atualmente em fase de liquidação, determinada por Lei, estando prevista, a partir de setembro, a cedência dos 14 trabalhadores da empresa à autarquia, até à conclusão do processo de concessão dos transportes rodoviários e fluviais, ou à abertura de concurso interno, caso não haja interessados na concessão.

No entanto, os trabalhadores não aceitam a proposta da autarquia, que dizem não garantir a compensação pela antiguidade, além de implicar uma perda de remuneração.

A Câmara, por seu turno, assegura que os trabalhadores "têm os seus direitos devidamente salvaguardados pela Lei e pela gestão séria e socialmente responsável" que tem assumido.

A autarquia lamentou, ainda, a realização desta greve, "desproporcionada" na duração, por ser "geradora de danos financeiros relevantes às operações comerciais existentes em São Jacinto que têm nesta fase do ano a sua melhor época".

 
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